Rússia inicia retirada de militares na Síria

A pedido do presidente Vladimir Putin, Ministério de Defesa começa processo de retorno de combatentes ao país

Postado em: 07-01-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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A pedido do presidente Vladimir Putin, Ministério de Defesa começa processo de retorno de combatentes ao país

A Rússia começou na última sexta-feira (6) a reduzir sua presença militar na Síria ao anunciar a retirada de um grupo naval e de um porta-aviões do país. “Em conformidade com a decisão do comandante supremo Vladimir Putin, o Ministério da Defesa está começando a redimensionar o reagrupamento de forças armadas na Síria”, disse o chefe do Estado Maior, general Valery Gerasimov.

O grupo naval guiará o porta-aviões Kuznetsov do norte da Síria, através do Mediterrâneo, até a base naval de Severomorsk. Ainda de acordo com o general, os militares completaram “com sucesso” todas as suas missões e agora estão prontos “para outras operações”. As informações são da agência de notícias Ansa.

A diminuição da força militar na Síria ocorre no momento em que os russos, ao lado da Turquia, tentam fechar um acordo de paz entre o governo de Bashar al-Assad e os grupos rebeldes.

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Cessar-fogo 

Em 30 de dezembro, com a intermediação dos dois governos, um cessar-fogo foi acordado e, apesar de denúncias de violação dos dois lados, houve uma sensível diminuição nos combates. Segundo uma entrevista dada pelo ministro turco das Relações Exteriores, Mevlut Cavusoglu, as negociações do acordo começam no dia 23 de janeiro em Astana, no Cazaquistão.

A guerra síria já dura quase seis anos e deixou centenas de milhares de mortos. Além disso, mais de seis milhões de sírios foram obrigados a abandonar suas casas.

No entanto, mesmo com um acordo de paz entre governo e rebeldes, o drama dos sírios não tem prazo para acabar. Isso porque a luta contra os grupos terroristas que atuam em grandes áreas do país, como o Estado Islâmico e o Frente al-Nusra, continuará tanto com bombardeios dos russos e turcos como dos norte-americanos.

Eleições nos EUA

Altos funcionários do governo russo comemoraram a vitória de Donald Trump sobre Hillary Clinton, nas últimas eleições, de acordo com um relatório das autoridades de inteligência norte-americanas, divulgado com exclusividade na sexta-feira (6) pelo jornal The Washington Post. 

O relatório de 50 páginas foi obtido por meio de interceptações telefônicas dos Estados Unidos sobre os funcionários russos e mostra que a vitória de Trump foi tratada como uma vitória para a Rússia.

Segundo as informações obtidas pelo jornal, nas gravações os representantes do governo russo teriam reagido com entusiasmo e considerado o resultado das eleições norte-americanas “estratégica” para a geopolítica da Rússia.

As agências de inteligência dos Estados Unidos acreditam que os funcionários interceptados tinham conhecimento da campanha cibernética russa para interferir nas eleições norte-americanas. As conversações na avaliação norte-americana comprova que Moscou foi orientada a ajudar Trump na disputa.

O relatório também identifica hackers envolvidos na entrega de e-mails democratas que teriam sido divulgados pelo site WikeLeaks bem como uma intensa atuação da inteligência russa para explorar informações sobre a campanha, algumas confidenciais da equipe democrata. (Agência Brasil) 

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