Palestina lamenta declarações de Trump

Autoridades dizem que rejeição do presidente dos EUA sobre conflito pode destruir chances de paz na região

Postado em: 17-02-2017 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Autoridades dizem que rejeição do presidente dos EUA sobre conflito pode destruir chances de paz na região

As autoridades palestinas alertaram ontem (16) os Estados Unidos e o presidente Donald Trump sobre os riscos de abandonar a política dos dois Estados, questão-chave nos conflitos entre israelenses e palestinos. As informações são da Agência Ansa.

“Se a administração de Trump rejeitar essa política isso iria destruir as chances de paz [na região] e ameaçar os interesses norte-americanos, sua posição e a sua credibilidade no exterior”, disse Hanan Ashrawi, um dos membros da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).

Na última quarta-feira (15), Trump mostrou uma mudança histórica no posicionamento dos Estados Unidos em relação à política. Durante a visita do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, à Casa Branca, os dois líderes conversaram sobre a relação entre os dois países, a situação de crise do Oriente Médio e a nomeação do embaixador norte-americano na nação judaica.

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Na coletiva de imprensa, Trump deu a entender que a criação de um Estado palestino não precisa ser a única solução para a crise da região, posição contrária à dos últimos presidentes norte-americanos.

“Estou olhando para as soluções de um Estado e dois Estados, e eu gosto da que as duas partes gostarem. Se Israel e os palestinos estiverem felizes, eu estarei feliz com a qual eles mais gostarem”, afirmou o mandatário.

No encontro, o presidente norte-americano disse também que “os Estados Unidos irão encorajar a paz e, de verdade, um ótimo acordo de paz”. “Nós estaremos trabalhando nisso [de uma maneira] muito, muito diligente”, disse Trump.

Além disso, a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano realizará, nesta quinta, uma “dura” audiência ao homem indicado por Trump para assumir o cargo de Embaixador dos EUA em Israel, David Friedman, ex-advogado pessoal do presidente que apoia abertamente os assentamentos israelenses em territórios palestinos.Na última quarta-feira, cinco ex-embaixadores do país escreveram uma carta na qual diziam que o pretendente não é qualificado para a posição por suas “posições extremas” e “radicais”. (Agência Brasil) 

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