Comentarista de direita é deportada da Austrália após se vangloriar de ter furado quarentena

Katie Hopkins estava no país para participar de um reality show.

Postado em: 20-07-2021 às 15h12
Por: Luan Monteiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Comentarista de direita é deportada da Austrália após se vangloriar de ter furado quarentena
Katie Hopkins estava no país para participar de um reality show | Foto: Reprodução

A comentarista britânica de extrema-direita Katie Hopkins, de 46 anos, foi deportada da Austrália na última segunda-feira (19/07) após se vangloriar de ter furado quarentena no país. Katie é conhecida por negar a pandemia da Covid-19 e por observações xenofóbicas contra imigrantes.

A comentarista estava em Sidney para participar do reality show Big Brother VIP e, durante quarentena em um hotel, publicou um vídeo no Instagram fazendo piada sobre ter recebido uma refeição no quarto nua e sem máscara.

De acordo com as normas sanitárias do país, viajantes internacionais devem cumprir isolamento obrigatório de duas semanas em um hotel, além de ter que aguardar 30 segundos antes de abrir a porta do quarto para receber entregas, até que o entregador tenha tempo de se afastar.

Continua após a publicidade

Ao chegar na Austrália, Katie publicou um vídeo no Instagram em que diz que “o lockdown é a maior farsa da história da humanidade” e que os australianos passam pela quarentena “mais draconiana já imposta”.

Após a repercussão do comentário sobre receber a encomenda sem proteção, ela publicou outro vídeo na rede social em que faz piada sobre a situação e usa sete máscaras no rosto.

A comentarista foi multada em 1.000 dólares australianos (R$ 3.800), teve o visto cancelado e foi mandada de volta para o Reino Unido na segunda-feira (19).

“Acho que foi vergonhoso. O fato de que ela estava lá fazendo piada sobre quebrar a quarentena é apavorante. Foi um tapa na cara de todos os australianos que estão em lockdown, isso é um comportamento inaceitável. Pessoalmente, estou muito feliz que ela vai embora”, disse a ministra do Interior, Karen Andrews, que havia determinado o serviço de fronteiras revisse “urgentemente se esse indivíduo cumpre o requisito para ter um visto”.

Veja Também