Novos estudos apontam evidências de circulação da variante Deltacron; veja detalhes
A pesquisa liderada pelo Instituto Pasteur identificou a cepa em várias regiões da Europa, que circulam desde janeiro deste ano
Por: Jennifer Neves
Por meio de sua conta no Twitter, a médica epidemiologista de doenças infecciosas e líder técnica de Covid-19 da Organização Mundial da Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, confirmou na última terça-feira (08/03), que a organização está rastreando a variante Deltacron, que seria uma mutação das cepas Delta e Ômicron.
Os estudos foram feitos pelo Instituto Pasteur, na França, e confirmam a capacidade de recombinação do coronavírus, o que teria gerado a transmutação entre as duas variantes. A publicação original que cita Maria Van Kerkhove foi feita pelo virologista Jeremy Kamil, que estuda o comportamento de citomegalovírus.
O cientista afirmou que os dados mais as análises fornecem uma confirmação definitiva de um vírus recombinante autêntico derivado das linhagens. A nova cepa foi identificada em várias regiões da França pelo Consórcio de Emergência Europeu (Emergen) e circula desde o início de janeiro de 2022.
Jeremy Kamil diz que “notavelmente, genomas virais com um perfil semelhante também foram identificados na Dinamarca e na Holanda. Investigações e análises adicionais são necessárias para determinar se esses recombinantes derivam de um único ancestral comum ou de vários eventos de recombinação semelhantes”, explica.
Ao compartilhar a publicação, Maria afirma que isso é esperado. “Especialmente com a intensa circulação da Ômicron e da Delta. A OMS está rastreando e discutindo”. Ela reafirma que “investigações e análises adicionais são necessárias para determinar se esses recombinantes derivam do mesmo ancestral comum ou de vários eventos de mutações semelhantes”.