Irã teria ajudado o Hamas a planejar ataques contra Israel? País rebate acusações
Segundo o porta-voz do Irã, Nasser Kanani, durante coletiva de imprensa, acusações quanto ao papel iraniano são baseadas em motivos políticos
Por: Rondineli Alves de Brito
Neste domingo (8/10), o jornal americano “Wall Street Journal“, publicou uma reportagem no qual revela que as forças de segurança do Irã teriam ajudado o Hamas a planejar o ataque contra Israel. A matéria afirma que os iranianos deram autorização ao Hamas para realizar a ofensiva em um encontro que aconteceu em Beirute, no Líbano, na última segunda-feira (2/10).
Ainda segundo informações do Wall Street, membros da Guarda Revolucionária do Irã começaram a trabalhar em conjunto com o Hamas em agosto com o objetivo de criar ameaças a Israel em diversas frentes: no norte, os israelenses seriam atacados pelo Hezbollah, e no sul e na Cisjordânia, pelo Hamas e pela Frente de Libertação da Palestina.
O Irã rebateu e condenou as acusações, sobre o país ter auxiliado no planejamento do ataque terrorista a Israel. Segundo o porta-voz Nasser Kanani, durante coletiva de imprensa, ele afirmou que as acusações quanto ao papel iraniano são baseadas em motivos políticos.
Ainda em coletiva, Kanani comentou sobre a capacidade da Palestina em defender sua nação. “A resistência da nação palestina tem a capacidade, a força e a vontade necessárias para se defender, defender a sua nação e tentar recuperar os seus direitos perdidos”, afirmou o porta-voz.
Quatro grupos têm o suposto apoio do Irã, sendo eles: Hamas, Hezbollah, Jihad Islâmica e mais um movimento. O Wall Street Journal credita a informação a pessoas do Hamas e também do grupo libanês Hezbollah.
Em pronunciamento, o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, declarou apoio à nação palestina. “O Irã apoia a defesa legítima da nação palestina. (…) O regime sionista e os seus apoiadores (…) devem ser responsabilizados nesta questão”, afirmou o presidente em pronunciamento dirigido à nação palestina.
Discordâncias Irã e Israel
O Irã não reconhece Israel como uma nação devido à invasão israelense na antiga Palestina. Para evitar confrontos diretos com Israel, em razão do apoio dos Estados Unidos da América (EUA), o Irã opta por apoiar financeiramente grupos extremistas que defendem a causa palestina.
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