A COP 28 ressalta a importância dos oceanos e a urgência de ações globais pela sua proteção

Destaques da COP 28 e Alianças Emergentes para a Proteção dos Oceanos

Postado em: 13-12-2023 às 10h11
Por: Luana Avelar
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O Brasil aderiu ao Planejamento Espacial Marinho e reafirmou seu compromisso em proteger os recursos oceânicos. | Foto:

Os oceanos ocupam um papel essencial na regulação climática global, mas enfrentam crescentes ameaças como poluição e derramamentos de petróleo. Na COP 28, a atenção para a saúde dos oceanos não recebeu destaque adequado, embora especialistas e líderes tenham ressaltado a urgência de ações para preservar esse ecossistema.

Durante o evento, a inclusão de ações sobre os oceanos no Global Stocktake foi destacada, permitindo que países relatem progressos na manutenção da saúde dos oceanos. Além disso, alianças como a Aliança para os recifes de coral e a Aliança para os manguezais foram formadas, com o Brasil aderindo a ambas.

O Ministério do Meio Ambiente do Brasil lançou o Planejamento Espacial Marinho durante a COP 28, reafirmando o compromisso do país em proteger os recursos oceânicos. O Grupo de Amigos do Ocean-Climate, uma rede de países com interesses similares na integração do oceano nos processos da UNFCCC, anunciou uma expansão significativa. Cinco novos países e a União Europeia uniram-se ao grupo, fortalecendo a voz coletiva em prol da proteção dos oceanos. Este grupo tem sido eficaz em influenciar as discussões da UNFCCC, defendendo a criação do Diálogo sobre Oceanos e Mudanças Climáticas.

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Luis Estévez-Salmerón, da Ocean Conservancy e Secretário Interino do Grupo de Amigos do Ocean-Climate, enfatiza que o oceano pode proporcionar reduções de emissões necessárias para manter a meta de 1,5°C do Acordo de Paris. Os desafios persistem, como o baixo número de países costeiros que mencionam energia renovável oceânica em suas Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs), evidenciando a necessidade de maior atenção a essa questão.

A COP 28 destaca a importância dos oceanos para a saúde do planeta e a necessidade urgente de ações globais, enquanto alianças e iniciativas emergentes oferecem esperança para a proteção desses ecossistemas críticos. O desafio agora é traduzir compromissos e discussões em ações tangíveis, assegurando um futuro sustentável para nossos oceanos.

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