Saiba por que o CMDB será a sua melhor ferramenta de gestão de TI

Ricardo Perdigão é diretor de empresa de soluções customizadas em serviços de TI

Postado em: 31-10-2022 às 09h45
Por: Redação
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Ricardo Perdigão é diretor de empresa de soluções customizadas em serviços de TI | Foto: reprodução

Toda transformação bem-sucedida na área de TI começa com uma sólida base digital. Avalie todos os processos de negócios que dependem da TI – gerenciamento financeiro, cadeia de suprimentos e compras, gerenciamento de serviços, segurança e outros. Infraestrutura e processos precisam estar alinhados. Para manter sua infraestrutura sólida, seu banco de dados precisa ser sólido, e vários ativos dependem de um ponto de referência central para uma variedade de cenários.

O CMDB (Configuration Management Database) é um local para armazenar dados sobre seus ativos de TI, mas não são repositórios de dados comuns. Eles atuam como um sistema centralizado que abrange todo o ambiente de TI, permitindo que você monitore, rastreie e gerencie seus recursos e sistemas em um só lugar.

O uso de um CMDB está se tornando padrão nos departamentos de TI e atua como base para serviços ao cliente, para sistemas e aplicativos de TI estáveis, de alto desempenho e com alta disponibilidade, e para uma infraestrutura de TI claramente documentada e controlável de forma transparente.

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Como os dados são cada vez mais considerados como o “ouro negro” dos negócios, o CMDB, que atua como um repositório para toda infraestrutura, software, aplicativos e ativos, é considerado como a “bala de prata”.

As funções de descoberta automática, mapeamento de dependência e modelagem de serviço permitem que o CMDB não apenas identifique todos os ativos da infraestrutura de TI, mas também suas dependências físicas e lógicas e as relações dos recursos com os serviços que eles suportam. Esses recursos também permitem que o CMDB se atualize continuamente para garantir que seus ativos e as informações de dependência permaneçam precisas diante de mudanças rápidas e contínuas.

Avaliando o ROI

Segundo estudo realizado por especialistas da comunidade TechTarget, o CMDB promete tornar as dependências críticas de configuração mais óbvias, estabelecer as bases para mudanças ordenadas e eliminar surpresas desagradáveis ​​causadas por mudanças na infraestrutura de TI.

Para os gerentes de data centers elaborarem um caso de negócios para a implementação de CMDB e comprovar o seu verdadeiro valor e de outras iniciativas projetadas para melhorar o gerenciamento de serviços de TI – como a Biblioteca de Infraestrutura de TI (ITIL) – e comprovar o ROI (Return of Investment), a comunidade indica três abordagens estratégicas:

A primeira é o ROI de curto prazo, corrigindo problemas imediatos, como a necessidade de contar com muitos servidores, para gerar economia de custos. A segunda, de médio prazo, envolve a otimização da entrega geral de serviços por meio do controle de configuração. A terceira, de longo prazo, é a possibilidade de garantir o alinhamento de TI com os objetivos de negócios por meio de um gerenciamento ideal. Essa abordagem exige que um CMDB ou ferramentas semelhantes sejam combinadas com processos associados.

Já o professor Arunavo Banerjee, da escola GreyCampus, faz uma outra avaliação do ROI, apontando com a implementação do CMDB uma economia orçamentária de 30% como resultado da diminuição de mudanças malsucedidas; 20% de redução de custos como resultado de uma melhor acessibilidade, redução de 35% nos incidentes e 40% de economia de despesas devido a incidentes resolvidos pela equipe de suporte de 1º nível.

Agilidade na tomada de decisão nos negócios

O CMDB armazena uma grande quantidade de dados que podem ser aproveitados para apoiar a tomada de decisões. Com dashboards amigáveis, o CMDB apresenta visualizações rápidas de métricas importantes. Por exemplo, um painel pode mostrar o desempenho e a disponibilidade de serviços de negócios críticos em relação aos SLAs. Por meio desses indicadores, um gerente de operações de TI pode ver rapidamente problemas no serviço de entrega, como quando o desempenho de um serviço crítico ameaça cair abaixo dos níveis de SLA.

Com essas informações, o gerente pode agir proativamente para resolver problemas antes que eles resultem em interrupção do serviço e antes que os usuários relatem o problema. O dashboard também pode apontar a criticidade do serviço afetado, permitindo que o gestor tome ações baseadas nas prioridades do negócio.

As áreas de TI estão sob intensa pressão para melhorar os níveis de serviço e, ao mesmo tempo, reduzir custos. Os gestores também têm que garantir a conformidade com as políticas internas e regulamentos externos. Em resposta, os líderes de TI estão adotando uma abordagem orientada a processos para o gerenciamento de serviços. E é nesse cenário que o CMDB ganha ainda mais importância para garantir eficiência e flexibilidade e suportar as novas demandas das diversas áreas do negócio.

Ricardo Perdigão é diretor de empresa de soluções customizadas em serviços de TI

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