Indefinição do PT em Goiás também prejudica pré-campanha de Lula no Estado

Vereador por Goiânia, Mauro Rubem afirma que demora prejudica todo o projeto da sigla no Estado

Postado em: 16-06-2022 às 08h52
Por: Francisco Costa
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Vereador por Goiânia, Mauro Rubem afirma que demora prejudica todo o projeto da sigla no Estado| Foto: Reprodução

A indefinição do PT em Goiás não é ruim somente para uma possível pré-candidatura e pré-campanha em Goiás, mas também para o desenvolvimento de um palanque para o próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado. A avaliação é de membros do próprio partido.

O Jornal O Hoje conversou com alguns filiados, mas também com o vereador Mauro Rubem. “Prejudica todo o nosso projeto, ainda mais que já temos três pré-candidaturas definidas que defendem o governo Bolsonaro”, declarou o parlamentar.

Em relação aos nomes citados por Mauro Rubem, tratam-se de major Vitor Hugo (PL), Gustavo Mendanha (Patriota) e o próprio governador Ronaldo Caiado (União Brasil). O mandatário do Estado, contudo, tem ficado neutro em relação ao primeiro turno.

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Ainda segundo Mauro, essa indefinição impacta também as campanhas proporcionais. “Mas vamos reverter esse quadro com movimentos suprapartidários para colocar a pré-campanha Lula e Alckmin na rua, colados aos nossos pré-candidatos.”

Adiamentos 

O PT já adiou duas vezes o seu encontro estadual, momento em que ocorreria a possível indicação à federação (PT, PV, PCdoB) do nome que o partido gostaria que fosse o pré-candidato de consenso para postular o Palácio das Esmeraldas. A data original era 28 de maio.

Quando esta foi adiada para 11 de junho, o pré-candidato do PSB, o ex-governador José Eliton, retirou o nome da disputa. Ele disse que não houve consenso e que com a dilatação do prazo ficaria difícil estruturar uma pré-campanha e campanha. 

Extraoficialmente, a informação é que o PT Nacional articulava para ter o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) na chapa de forma atropelada, o que desagradou José Eliton. Ele teria se chateado não somente em relação ao tratamento dispensado a ele, mas também ao pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, Wolmir Amado, com quem manteve conversas constantes enquanto a federação e o PSB discutiam o melhor nome para o Estado. 

Nas vésperas do 11 de junho, o segundo adiamento. A presidente estadual do PT, Kátia Maria, informou que a mudança ocorreu por orientação do diretório nacional. Mais uma vez, nos bastidores, seria mais tempo para articulações do partido com Marconi. 

Oficialmente, contudo, a nota da presidência disse que o diálogo deve continuar para haver consenso. “O PT de Goiás apresentou o nome do Professor Wolmir Amado ao Governo de Goiás e segue em diálogo com a Federação Brasil Esperança, formada pelo PT, PCdoB, PV, a Direção Nacional e os partidos que compõem a aliança em apoio ao Presidente Lula.”

E ainda: “Considerando que as teses, que seriam debatidas no Encontro, envolvem partidos que integram a coligação nacional e amplo leque de alianças que está sendo construído em torno da candidatura do Presidente Lula e que é necessário ampliar os entendimentos com estes partidos e lideranças políticas sobre a construção dos palanques estaduais, é que se decidiu por continuar os diálogos na busca da melhor tática eleitoral.”

Esquerdas não querem Marconi

O anúncio do adiamento do encontro estadual do PT ocorreu no último dia 9. Um dia antes, lideranças de esquerda se reuniram em Goiânia a convite do vereador Mauro Rubem para debater o pleito deste ano. Estavam presentes líderes de movimentos sociais, sindicais e os partidos PT, PSOL, PV e Rede. O encontro aconteceu na Câmara de Goiânia, na sala da presidência.

Na ocasião, eles chegaram a conclusão que não veem o ex-governador Marconi Perillo como representante da chapa Lula-Alckmin (PT-PSB) em Goiás. Vale citar, Perillo estaria em conversas com PT nacional para compor a chapa da federação (PT, PV e PCdoB) em Goiás.

Na ocasião, os presentes defenderam a formação de uma chapa majoritária com os nomes de Wolmir Amado (PT) e Cintia Dias (PSOL) para o governo do estado; e Manu Jacob (PSOL), Denise Carvalho (PCdoB) e Cristiano Cunha (PV) para o senado. A ideia é que um novo encontro ocorra na segunda-feira (13) para debater um programa político que representa a chapa Lula-Alckmin no Estado.

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