Deputados defendem PSD na base aliada

Membros do diretório regional vão discutir rumos da legenda em reunião no próximo sábado; mas adiantam que maioria deve optar por manutenção da base ao governo

Postado em: 24-05-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Membros do diretório regional vão discutir rumos da legenda em reunião no próximo sábado; mas adiantam que maioria deve optar por manutenção da base ao governo

Rafael Oliveira*

Os membros do Partido Social Democrático (PSD) de Goiás devem definir os próximos passos da legenda em uma reunião prevista para o próximo sábado (26/5). Os parlamentares do partido querem permanecer na base de apoio ao governo estadual na Assembleia Legislativa de Goiás e compor aliança partidária com o projeto político do PSDB para as eleições de outubro, enquanto a direção regional da sigla busca caminhos alternativos. 

O imbróglio está na disputa pela segunda vaga ao Senado Federal na chapa do governador José Eliton (PSDB): que já conta com a candidatura do ex-governador Marconi Perillo (PSDB), a senadora Lúcia Vânia (PSB), aliada do governador e pré-candidata à reeleição e o ex-senador Demóstenes Torres (PTB), que teve o mandato cassado pelo plenário do Senado em 2012 por envolvimento com o bicheiro Carlos Cachoeira. 

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O deputado federal Thiago Peixoto (PSD) comenta a diferença de posicionamentos dos pré-candidatos da base governista em relação ao seu colega de partido. “O Vilmar Rocha nunca se colocou como pré-candidato ao Senado na base do governo. Por isso não dá pra entender o que ele quer, com todo respeito que tenho por ele. Essa posição dele é isolada, mas ele disse que vai seguir a vontade da maioria dos membros. Vamos esperar”. 

Atualmente, o PSD está na base de apoio ao governo a eleição tucana em 2015, por isso, Thiago Peixoto acredita que “as aventuras de Vilmar Rocha”, termo utilizado por ele, não deve ir muito longe. “Seria incoerente a gente buscar outros aliados políticos depois da história que construímos na base do governo. Eu estou trabalhando para que o partido fique na base do governo”. 

O presidente estadual da legenda, Vilmar Rocha, reforçou a tese do diálogo com outras lideranças partidárias, por acreditar que os partidos ainda estão nesse momento. “Nem o quadro nacional está definido ainda e essa definição a nível nacional pode mudar o cenário estadual”, explica Rocha. 

A cúpula peessededista já se reuniu com dois pré-candidatos ao governo, o senador Ronaldo Caiado (DEM) e o deputado federal Daniel Vilela (MDB). “A conversa com o PSDB ainda não aconteceu, mas vai acontecer em breve”, disse Vilmar. Para ele, a questão de ficar na base tem que partir de um sentimento em sintonia com a sociedade, pois o partido apoia o PSDB há 20 anos. “Eu gostaria de uma mudança, mas vou respeitar a decisão que for tomada na convenção do partido de julho”, finaliza Rocha. 

O governador José Eliton (PSDB) disse que as portas para conversar com o PSD estão abertas, depende agora do próprio partido. 

O deputado estadual Lucas Calil garantiu que o partido ficará na base, razão pela qual escolheu o PSD para se filiar durante a janela partidária. “O próprio Vilmar confirmou que vai priorizar a questão do partido na base, por questões proporcionais. O caminho natural é esse, a não ser que exista um motivo muito grande para o rompimento”.

O deputado estadual Simeyzon Silveira (PSD) espera que o partido chegue a um consenso sobre o caminho a ser seguido: base governista ou oposição. O deputado explica que a legenda não tem dificuldades de diálogo com nenhum pré-candidato, mas a tendência é continuar na base do governo. “Dentro de um partido é normal haver divergências, opiniões, isso faz parte do debate partidário. O que deve prevalecer sempre é a decisão da maioria e eu não tenho dúvida de que o PSD vai caminhar nesse sentido. Até um dos motivos de eu ter ido para o PSD foi a garantia de que o partido escutaria todos e que as decisões seriam conjuntas”. 

Caso os membros do PSD decidam pela manutenção do apoio ao governo, Vilmar pode não ser candidato em outubro e coordene a campanha de Geraldo Alckmin à Presidência da República em Goiás.  

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