Ministério da Saúde libera R$ 6,6 milhões para Anápolis

Governador José Eliton disse que recurso faz parte de ação conjunto para desenvolver todo o modelo de saúde do Estado

Postado em: 23-06-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Governador José Eliton disse que recurso faz parte de ação conjunto para desenvolver todo o modelo de saúde do Estado

O governador José Eliton (PSDB) participou do anúncio da liberação de R$ 6,6 milhões pelo Ministério da Saúde para 30 hospitais, laboratórios e clínicas credenciadas para ações de média e alta complexidade de Anápolis, na tarde de sexta-feira (22), feito pelos ministros Gilberto Occhi (Saúde) e Alexandre Baldy (Cidades), que auxiliou nas tratativas junto ao governo federal.

José Eliton comentou que o reforço recebido por Anápolis do Ministério da Saúde faz parte de “uma ação conjunta para desenvolver todo o modelo de saúde do Estado de Goiás, da qual eu fico muito feliz de participar”, e lembrou que está “fortalecendo o setor com o programa 3°. Turno na Saúde, que se inicia também na cidade de Anápolis”. Disse também que ainda vai muitas vezes a Anápolis este ano para inaugurar obras.

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“Esse é o governo que cuida das pessoas”, enfatizou José Eliton, ao enumerar as obras do governo em todas as regiões do Estado e o esforço em manter as contas em dia para “socorrer os municípios nos momentos mais difíceis”, garantir a saúde financeira do Estado, a manutenção dos programas sociais e o pagamento em dia do servidor público.

O prefeito de Anápolis, Roberto Naves, salientou que o Goiás na Frente tem sido decisivo para alavancar a saúde, a economia do município, “para fortalecer os negócios, atrair empresas, gerar empregos e garantir a infraestrutura”. Roberto Naves agradeceu ao governador José Eliton pela atenção que ele tem dado à cidade, por estar “ampliando os investimentos que já foram feitos em Anápolis”, nos últimos anos, “desde a gestão do ex-governador Marconi Perillo”.


Destinação

Os recursos do Ministério da Saúde (R$ 6,6 milhões) serão destinados a 30 hospitais, laboratórios e clínicas credenciadas para ações de média e alta complexidade como, por exemplo, custeio de leitos de UTI e de procedimentos voltados para doenças renais crônicas, cardiologia, neurologia, transplantes, oncologia, implantes, ortopedia, traumatologia, oftalmologia, cirurgias eletivas e demais procedimentos de pequeno, médio e grande porte.

O incremento de R$ 6,6 milhões totaliza agora cerca de R$ 114,6 milhões/ano, destacou o ministro Gilberto Occhi: “Esse investimento na Saúde de Anápolis será constante, garantido para os próximos anos”. Anápolis recebeu, nos últimos anos, mais de R$ 130 milhões do Ministério da Saúde, informou o ministro.

Segundo Alexandre Baldy, “moradores de quase 70 municípios da região serão beneficiados pelo investimento que está sendo liberado hoje, o que significa a melhoria da saúde pública”.

Goiás na Frente em Anápolis – O Governo do Estado, por meio do Goiás na Frente, já liberou duas parcelas dos R$ 2 milhões que estão sendo aplicados na revitalização do Centro Administrativo Ipiranga; outros R$ 4,6 milhões para implantação de feiras cobertas, R$ 600 mil para construção de creches e R$ 2,8 milhões para implantação do Centro de Internação Médica.

Anápolis foi contemplada, ainda, pelo Governo de Goiás, com o Centro de Convenções (R$ 140 milhões); o Aeroporto de Cargas de Anápolis, cuja pista já está totalmente pronta (R$ 321 milhões); e o Complexo Prisional de Anápolis, já concluído (R$ 16,5 milhões), entre as principais obras. 


Governo investe R$ 110 milhões em Credeqs 

“Não é fácil largar o vício, mas no Credeq aprendi com quais armas devo lutar. Aprendi a não abandonar o tratamento e vou às consultas ao psicólogo e psiquiatra, rotina indispensável para mim”. A fala é da dona de casa A.M.N., que ficou internada por três meses no Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (Credeq), de Aparecida de Goiânia. A unidade, com dois anos de inauguração, é referência nacional na recuperação de dependentes químicos, e o governo vai levar o serviço a todo o Estado. Em breve, serão mais quatro Credeqs, em Quirinópolis, Goianésia, Morrinhos e Caldas Novas.

As obras em Goianésia e Quirinópolis foram inauguradas em março deste ano e o processo do chamamento público para a escolha da organização social que administrará o Centro está sendo aberto. As unidades de Caldas Novas e Morrinhos estão sendo executadas por empresas contratadas e supervisionadas pela Agência Goiana de Transporte e Obras (Agetop) e tem previsão de serem inauguradas ainda no segundo semestre.

Serão investidos nas quatro unidades cerca de R$ 110 milhões. Quando todos os demais Credeqs estiverem em funcionamento serão cerca de 10 mil atendimentos mensais, entre internação e serviço ambulatorial, das quais mais de 440 serão vagas de internação. O atendimento é 100% SUS e multiprofissional (médico, psicólogo, enfermeiro, nutricionista e assistente social), com terapias de apoio (musicoterapia, terapia ocupacional, educação física). São 11 especialidades à disposição, o que, segundo psiquiatras, tornam possível maior probabilidade de reintegração à sociedade.


Projeto inédito

“As drogas têm sido alvo de debates em saúde pública, porque o número de dependentes químicos cresce a cada ano e sem uma solução pública eficaz para o tratamento. Dessa forma, o Governo de Goiás lançou o projeto inédito do Credeq, para dar uma resposta a essa necessidade, que foi um apelo da população goiana que tem parentes envolvidos com a dependência”, diz o secretário Estadual de Saúde, Leonardo Vilela.

Segundo o secretário, cada paciente atendido no Credeq é acompanhado por toda a vida, nesse trabalho. “Todos, após o período de internação – que pode ser prorrogado conforme a necessidade do paciente – será atendido uma vez por mês por psiquiatra e uma vez por semana por psicólogo, terapeuta ocupacional e assistente social. Esse último auxilia o paciente na reinserção no mercado de trabalho, sem nenhum custo para eles”, explica Leonardo.

Para o presidente da Associação de Psiquiatria da América Latina, Antônio Geraldo Silva, o Credeq é modelo para o Brasil, baseado em ciência e sensibilidade social. “No Credeq, se coloca em prática o que determinam os estudos científicos”, afirmou.Ele avaliou que a proposta terapêutica da unidade não deixa o paciente desamparado em nenhum momento e ainda contempla as famílias, uma vez que preserva os vínculos sociais. 

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