Dados apontam que a cada hora, cinco brasileiros são diagnosticados com câncer no intestino

Prevenção contra a doença pode ser feita por meio de mudanças de hábitos, principalmente alimentares

Postado em: 19-09-2021 às 10h56
Por: Maria Paula Borges
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Prevenção contra a doença pode ser feita por meio de mudanças de hábitos, principalmente alimentares | Foto: Reprodução

Dados da Sociedade Brasileira de Coloproctologia apontam que, a cada hora, cinco brasileiros são diagnosticados com câncer no intestino grosso e destas, duas pessoas morrem em decorrência da doença. Esse é o segundo tipo de câncer mais comum entre mulheres e o terceiro mais frequente em homens.

Segundo Danielle Laperche, médica oncologista, é importante saber que o organismo é vulnerável ao que é ingerido, em especial o intestino, portanto a atenção com a alimentação é um fator crucial para a prevenção da doença. Além disso, é possível prevenir por meio da dieta rica em vegetais, principalmente hortaliças brássicas, atividade física regular, não fumar, evitar alto consumo de bebidas alcóolicas, alimentos gordurosos, carne vermelha, embutidos, e ingerir diariamente fibras, frutas e verduras.

Um estudo estadunidense publicado no periódico JNCI Cancer Spectrum mostrou que fatores não genéricos estão associados ao aumento de câncer colorretal em pessoas com idade inferior a 50 anos. “Um estudo recente aponta que, em pacientes de câncer colorretal já tratados, a ingestão de nozes atua como fator protetor para evitar recidivas e a formação de novos pólipos. É a via digestiva que está diretamente exposta ao que comemos. Quanto mais as pessoas conhecerem sobre a doença, mais elas vão buscar tratamento em casos iniciais”, pontua Danielle.

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De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2021 a estimativa é que sejam contabilizados mais de 41 mil novos casos desse tipo de tumor. Entretanto, pode ser prevenido com mudanças de hábitos e exames de rastreio, como a colonoscopia, que deve ser feita por pessoas com mais de 50 anos. Caso tenha histórico familiar da doença, o ideal é fazer uma avaliação o quanto antes para definir o melhor momento para iniciar o rastreamento e obter o diagnóstico precoce.

“A obesidade é um fator de risco muito importante. O mesmo vale para dietas pobres em fibras, com poucos vegetais, legumes, frutas e ingestão excessiva de carne vermelha. Isso equivale a um consumo acima de 500g por semana, algo que é bem comum na nossa região. A alimentação tem um papel fundamental não só na prevenção, mas no tratamento. Infelizmente, quando o câncer é detectado através de sintomas, na maioria das vezes já evoluiu para uma fase avançada e só pode ser tratado com a cirurgia (ressecção do intestino) e/ou quimioterapia. Mas vale ficar alerta aos sintomas e procurar um médico”, explica Laperche.

Os principais sintomas do câncer de intestino são a perda de peso, anemia sem causa aparente, alteração do hábito intestinal, sangramento nas fezes e massas abdominais.

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