Polícia investiga homicídio de técnico de enfermagem encontrado amarrado em apartamento

A polícia ainda não tipificou o assassinato de André como crime de ódio, mas trabalha com essa e outras linhas de investigação.

Postado em: 06-04-2022 às 11h27
Por: Ícaro Gonçalves
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A polícia ainda não tipificou o assassinato de André como crime de ódio, mas trabalha com essa e outras linhas de investigação | Foto: Reprodução/Arquivo pessoal

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) segue investigando as possíveis causas e culpados pelo homicídio de André Lopes de Barros, de 31 anos, encontrado morto na segunda-feira (6/4) no apartamento onde morava, em Ceilândia. André era técnico em enfermagem e ficou dois dias desaparecido. Seu corpo foi encontrado por um vizinho com as mãos amarradas, e sinais de tortura e abuso.

A PCDF trabalha com todas as linhas de investigação, cogitando inclusive crime de ódio e homofobia. Segundo informações do Correio Braziliense, André foi encontrado morto em seu quarto, com as mãos amarradas com fio do ferro de passar roupas, nu e com sinais de tortura. No local, era possível ver rastros de sangue nos cômodos.

Pessoas próximas a André relataram que, antes de sumir, o técnico esteve em dois bares da região na noite de sexta-feira e foi embora sem avisar. Um vizinho tentou conversar com André por diversas vezes em seu apartamento, mas não foi atendido. Suspeitando de que algo tivesse acontecido, resolveu ligar para a proprietária do imóvel, que abriu a porta com uma chave reserva e verificou o rapaz já falecido.

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As investigações seguem em sigilo por parte da 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro).

Crimes de ódio

A polícia ainda não tipificou o assassinato de André como crime de ódio, mas trabalha com essa e outras linhas de investigação. Este é o segundo crime brutal contra homossexuais registrado no DF e Entorno em pouco menos de um mês. Em 2 de março, o professor de inglês Denes Marlio Lima Neres, 26, foi encontrado carbonizado em uma mata, em Planaltina de Goiás.

O criminoso foi apontado como sendo Mateus da Silva Castro, de 18 anos, preso pela Polícia Civil. Em depoimento, Mateus contou que o professor teria ficado nu e tentado tocar em suas partes íntimas, motivo esse que teria provocado o homicídio.

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