Síndrome de Méniére: entenda a doença que afetou o rosto do padre Fábio de Melo

Nesta segunda-feira (6/6), Fábio deu uma entrevista ao veículo de comunicação O Dia para falar sobre os desdobramentos da doença crônica. Ela atinge duas a cada mil pessoas e impacta no aumento da pressão de líquidos no labirinto, ou seja, uma parte do ouvido que é responsável pelo equilíbrio e pela audição.

Postado em: 07-06-2022 às 13h05
Por: Victória Vieira
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Nesta segunda-feira (6/6), Fábio deu uma entrevista ao veículo de comunicação O Dia para falar sobre os desdobramentos da doença crônica. Ela atinge duas a cada mil pessoas e impacta no aumento da pressão de líquidos no labirinto, ou seja, uma parte do ouvido que é responsável pelo equilíbrio e pela audição | Foto: Reprodução/ TV Globo

Após a cantora Joelma assustar os fãs ao aparecer com o rosto inchado, dessa vez foi o padre Fábio de Melo, porém, por motivos diferentes. No último sábado (4/6), o sacerdote apareceu no programa Altas Horas, da TV Globo e foi alvo de críticas pela sua aparência. A situação rendeu vários memes e comentários maliciosos, que fez com que o padre revelasse o motivo do seu rosto estar “diferente” e tem haver com a Sídrome de Méniére.

Nesta segunda-feira (6/6), Fábio deu uma entrevista ao veículo de comunicação O Dia para falar sobre os desdobramentos da doença crônica. Ela atinge duas a cada mil pessoas e impacta no aumento da pressão de líquidos no labirinto, ou seja, uma parte do ouvido que é responsável pelo equilíbrio e pela audição.

O padre relata que foi diagnosticado há 10 anos, cujo os sintomas são: crises de tontura, perda auditiva, sensação de zumbido e de ouvido tapado, como se estivesse entupido de água ou sentindo uma vertigem. No caso de Fábio, a perda de audição apenas ocorreu no ouvido esquerdo, isto é, região grave do nosso ouvido. “Usei corticoides durante quase dois anos seguidos, com interrupções para que o organismo descansasse, em doses altíssimas: 60 ml por dia”, enfatizou. Quando havia grandes crises, a medicação chegava 80 ml por dia.

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Segundo otorrinolaringologista Felippe Felix, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o diagnóstico para a Síndrome de Ménière é feito a partir dos sintomas do paciente e com base nos exames clínicos que descartam outras doenças. Deve-se ser realizado o quanto antes, pois a doença é caracterizada como progressiva. “A pessoa vai tendo mais crises de tontura e a audição vai se deteriorando cada vez mais. Por isso é importante ter um controle da doença, com mudança no estilo de vida e em alguns casos de medicação, para impedir que progrida e gere uma incapacidade crônica na pessoa, tanto de equilíbrio quanto de audição, que vai diminuindo cada vez mais no lado do ouvido acometido”, explicou o especialista. Mas afinal, têm tratamento?

Existem formas para controlar a doença e alterar o estilo de vida, em especial na alimentação. É essencial evitar comidas muito salgadas e açucaradas, pois elas aumentam o acúmulo de líquido no corpo. Entretanto, o uso de diuréticos ou outras medicações são indispensáveis.

Comentários maldosos

Na rede social Twitter, ao que parece, os usuários focaram mais na aparência do padre do que em sua participação. Muitos não perderam a oportunidade para criar memes sobre o rosto inchado do fiel, acreditando que ele havia feito harmonização facial. “Recebi uma foto do padre Fábio de Melo e tô horrorizado que ele harmonizou… Jesus devia fazer algo a respeito”, comentou um internauta.

Cansado de especulações, o sacerdote se pronunciou em seu perfil no Instagram e negou que havia feito o procedimento estético, explicando que o inchaço ocorreu pela medicação ingerida referente a uma sinusite, isso causa uma dificuldade para reter líquidos.

“Se tivesse feito não teria nenhum problema em assumir. A gravação coincidiu com o término de uma crise de sinusite que durou um mês e meio. Foram 15 dias de antibióticos e anti-inflamatórios muito fortes. Eu tenho facilidade de reter líquidos. Mas, graças a Deus já estou bem. O rosto já está normal”, destacou.

Além disso, o padre rebateu as críticas dizendo que as pessoas necessitam de uma “cura emocional” para que elas não “desprezem” uns aos outros. “Só estamos emocionalmente curados depois que nós perdemos a necessidade de desprezar. O desprezo pode ser um sinal de que nós ainda estamos interessados pela realidade que dizemos ter superado. Quando fazemos verdadeiramente a faxina emocional que expulsa de nós os resultados danosos das relações que vivemos, perdemos a necessidade de insultar, falar mal, desprezar. Quando estamos realmente curados, nós oferecemos ao outro nosso silêncio, a elegante postura de quem sabe seguir a vida sem olhar para trás.” completou Fábio.

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