Taxa Selic em alta: Ainda vale a pena financiar um imóvel?

Este ano, o Comitê de Política Monetária (COPOM) aumentou a taxa Selic para 10,75%, sendo o oitavo reajuste para cima consecutivo. Ela influencia diretamente o financiamento imobiliário e outras modalidades de empréstimos e financiamentos, como também automóveis.

Postado em: 28-06-2022 às 19h02
Por: Ana Bárbara Quêtto
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Mesmo diante de inflação alta, impactos da guerra e mercado instável, imóvel é destaque como investimento seguro e rentável. | Foto: Reprodução

Este ano, o Comitê de Política Monetária (COPOM) aumentou a taxa Selic para 10,75%, sendo o oitavo reajuste para cima consecutivo. Ela influencia diretamente o financiamento imobiliário e outras modalidades de empréstimos e financiamentos, como também automóveis.

Ela também pode variar conforme a inflação. Dessa forma, ela pode facilitar ou dificultar os financiamentos e empréstimos, entre eles, o financiamento imobiliário. Uma vez que, a taxa Selic aumenta os juros do financiamento e reduz o valor da propriedade.

Porém, mesmo com o aumento da taxa, o brasil registrou recorde de crédito imobiliário, com a concessão de R$ 11,6 bilhões com recursos próprios. O número é o dobro do registrado no mesmo período do ano passado.

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Segundo o presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, o mercado imobiliário se mantém como um dos protagonistas no processo de recuperação da economia brasileira.

“O brasileiro vê a compra do imóvel como uma forma de proteger parte do patrimônio da alta inflacionária, assim como obter ganhos reais no longo prazo”, afirma.

Com o crédito imobiliário, proveniente do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), o financiamento também se torna mais fácil para o consumidor. Além disso, caso o comprador, futuramente, encontre um banco com taxas menores, pode fazer a portabilidade do financiamento imobiliário.

Em Goiás, o crescimento do setor imobiliário também pode ser notado. “Em 2021 tivemos um volume de lançamentos e de vendas muito alto e, como consequência, naturalmente o volume de distratos tende a aumentar. No entanto, a alta da taxa Selic não interfere significativamente nesse cenário,” avalia o presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário de Goiás (Ademi-GO), Fernando Coe Razuk.

O empresário explica que o número de distratos relativos à compra de imóveis na planta em Goiás saltou da média de 10% em 2021 para 15% nos primeiros quatro meses deste ano, mantendo-se ainda, na zona de conforto, avalia Fernando Razuk.

Os dados do período ainda estão sendo computados e serão divulgados na próxima semana, quando a entidade, enquanto balizadora do mercado imobiliário, fará a apresentação de sua pesquisa trimestral do mercado imobiliário.

“A Ademi-GO cumpre papel fundamental no mercado imobiliário de Goiânia visando sempre a sustentabilidade e a profissionalização do mercado, para que ele se qualifique, gere emprego, crie oportunidades, e produza imóveis de qualidade para as pessoas morarem e que, ao mesmo tempo, contribuam com a qualidade e bem-estar de toda a sociedade de forma geral”, conclui Fernando Coe Razuk.

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