Após rompimento de contrato, Adidas revela que irá vender parte do estoque de parceria com Kanye West

Marca revelou que os lucros das vendas irão ser destinados à instituições internacionais

Postado em: 11-05-2023 às 14h33
Por: Victória Vieira
Imagem Ilustrando a Notícia: Após rompimento de contrato, Adidas revela que irá vender parte do estoque de parceria com Kanye West
West tem o direito de receber 15% das vendas de comissão | Foto: Reprodução/MEGA/GC

A Adidas realizou um comunicado referente a sua parceria com o rapper Kanye West. Na ocasião, a marca informou que irá vender parte do estoque da “Yeezy” e os lucros obtidos irão para instituições internacionais.

“O que estamos tentando fazer agora é vender algumas das peças da parceria. Queimar o estoque não seria a solução”, revelou o CEO da empresa, Bjoem Gulden. O empresário ressaltou que as instituições escolhidas foram vítimas do discurso de ódio proferido pelo ex-marido de Kim Kardashian. Em novembro de 2022, ele havia feito discursos antissemitas.

De acordo com a agência Reuters, ainda não há informação sobre como as vendas serão feitas, quais as peças que irão ser oferecidas e qual a porcentagem dos lucros que serão oferecidos, mas essa é uma forma de evitar um prejuízo econômico de cerca de US$ 700 milhões na empresa.

Continua após a publicidade

West tem o direito de receber 15% das vendas de comissão. Essa foi uma decisão presente no contrato que havia sido assinado entre o rapper e a empresa antes do rompimento ter acontecido.

Entenda o caso

Tudo começou a desencadear depois Kanye usar uma camisa com a estampa “White Lives Matter” (Vidas Brancas Importam) em seu próprio desfile de moda, fazendo referência ao movimento “Black Lives Matter” (Vidas Negras Importam). Recebendo duras críticas, West acabou se irritando com a editora colaboradora da Vogue, Gabriella Karefa-Johnson. Em resposta, o músico atacou a profissional em seu perfil do Instagram e foi acusado de misoginia.

Outro momento de conflito foi quando o rapper Diddy desaprovou a postura irônica de West à luta antirracista. Ao rebater as falas do músico, ele praticou atitudes antissemitas envolvendo o povo judaico. No ocasião, Kanye utilizou o Twitter para compartilhar prints das conversas com o artista. Em uma delas, ele afirmou que Diddy era “controlado por judeus” e afrontou a população judaica.

“Eu estou um pouco sonolento hoje, mas quando eu acordar, eu vou [death con 3, símbolo estadunidense de ameaça contra o povo judaico] nos judeus. O engraçado é que, na verdade, eu não posso ser antissemita porque as pessoas pretas também são judias. Vocês brincaram comigo e tentaram boicotar qualquer um que tenha se oposto à sua agenda”, ressaltou.

Logo em seguida, ele se desculpou por sua ação. “Eu vou dizer que sinto muito pelas pessoas que eu machuquei com a confusão de ‘death con’. Eu sinto que eu causei dor e confusão. E eu sinto muito pelas famílias das pessoas que não tinham nada a ver com o trauma que eu passei, e que eu usei a minha plataforma, em que você diz que pessoas feridas machucam outras pessoas, e eu me machuquei”, argumentou.

Entre diversas atitudes que geraram revoltas públicas, o site TMZ divulgou que o rapper teria dito “amar Hitler e o nazismo”. Além disso, o artista alegou que a escravidão era uma escolha e caracterizou as vacinas da Covid-19 como “marca da besta”.

Veja Também