Drauzio Varella defende carne vermelha e quebra mitos

Segundo Drauzio, houve uma ‘demonização’ de certa parte da sociedade em relação à carne vermelha

Postado em: 24-03-2017 às 15h00
Por: Toni Nascimento
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Segundo Drauzio, houve uma ‘demonização’ de certa parte da sociedade em relação à carne vermelha

Não existe nenhuma comprovação científica que a carne
vermelha causa malefícios à saúde da população, como doenças cardiovasculares
ou derrames cerebrais. A afirmação é do médico oncologista Drauzio Varella, que
ministrou palestra na Expopec 2017 – Exposição das tecnologias voltadas ao
desenvolvimento da pecuária. O evento ocorre até o dia 26 de março, em
Porangatu (GO).

Segundo Drauzio, houve uma ‘demonização’ de certa parte
da sociedade – especialmente aquela considerada intelectualizada – em relação à
carne vermelha. “Isso começou na metade do século 20, com informações erradas
de que o alimento era responsável por ataques cardíacos, derrames e outras
doenças cardiovasculares. Mas isso nunca foi comprovado. Não existe nenhuma
evidência. Criaram uma ideologia apresentada de forma pseudocientífica que
convenceu parcela da população que o problema do homem moderno estava na carne.
E com isso nós engordamos a população”, enfatiza.

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Ele acrescenta que ao reduzir a carne da dieta, a
sociedade passou a consumir mais carboidratos e alimentos processados com
açúcar, e isso resultou na obesidade. Tanto é que no Brasil, 52% da população
estão acima do peso, enquanto nos Estados Unidos, 75%. “Substituíram a carne
por batata frita, pão, macarrão. Isso está na ‘cara’ que ia dar errado”,
destaca. Para Drauzio, é importante é evitar exageros. “Coma de tudo um pouco.
Eu brinco que a gente deve comer o que nossa avó considerada comida. Porque se
você chegava na hora do jantar e pegava um sanduíche, ela dizia que aquilo não
era comida. Comida era arroz, feijão, bife, pedaço de frango, legumes, peixe.
Ou seja, uma dieta vairada”, reforça.

Alimento
e prática esportiva

Drauzio Varella defende o consumo de carne, mas também
afirma que a população precisa sair do sedentarismo.  De acordo com ele, ninguém mais anda ou
prática uma atividade física e ao mesmo tempo gosta de comer. “Daí temos um
binômio que leva à obesidade. A população come muito, come errado e se exercita
pouco. O corpo humano foi feito para se movimentar e não para ficar parado.
Antigamente, você não via tantas pessoas gordas. Isso porque elas andavam
muito. Hoje, a maioria das pessoas come na rua, por causa do ritmo de trabalho,
e a dieta costuma ser ruim. Aí você vai engordando a população sem parar”,
afirma.

Expopec
2017  

O objetivo do evento é divulgar as tecnologias voltadas
ao aprimoramento da produção de carne bovina, ovina e suína no Centro-Oeste, além
de discutir e apresentar o que há de mais novo no mercado nacional e
internacional. A exposição terá em sua programação palestras, demonstrações e
oficinas, feiras de touros, espaço para negócios, exposição de animais,
shopping de cavalos, visitas técnicas, vitrine da carne, leilão, festival gastronômico
e outras atividades.

Durante os quatro dias de evento, quem comparecer ao
município de Porangatu poderá participar de discussões e sugestões de políticas
públicas para a cadeia produtiva da carne – mercados bovinos, suínos e
ovinos/carneiros -, palestras com renomados especialistas, pesquisadores,
técnicos e consultores do mercado, além de lançamento e demonstração de novos
produtos, equipamentos e serviços. A realização é da Federação da Agricultura e
Pecuária de Goiás (Faeg), do Sindicato Rural de Porangatu e do Instituto para o
Fortalecimento da Agropecuária de Goiás (Ifag). 

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