Após 8 dias, Carrefour fecha as portas em luto por morte de homem

Segundo polícia, João Alberto morreu asfixiado por seguranças do hipermercado, no último dia 19, em Porto Alegre (RS) | Foto: reprodução

Postado em: 26-11-2020 às 12h20
Por: Nielton Soares
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Segundo polícia, João Alberto morreu asfixiado por seguranças do hipermercado, no último dia 19, em Porto Alegre (RS) | Foto: reprodução

Nielton Soares

O Carrefour decidiu fechar as
portas de todas as lojas no Brasil em luta pela morte de João Alberto Freitas,
de 40 anos, ocorrida no último dia 19. O fechamento aconteceu na manhã desta
quinta-feira (26), até as 14 horas.

Segundo a administração, após a
abertura, haverá 1 minuto de silêncio em memória à vítima. Já a unidade do
hipermercado, localizada no
bairro Passos D’areia em Porto Alegre, onde
aconteceu o crime, ficará fechada durante todo o dia.

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Ainda, de acordo com o comunicado
do hipermercado, todo o dinheiro das vendas realizadas nesta 5ª feira e 6ª
feira (27) será revertido para ações orientadas pelo Comitê Externo de Livre
Expressão sobre Diversidade e Inclusão – criado após o episódio.

Comitê antirracismo 

Os recursos irão somar aos R$ 25
milhões já anunciados pelo grupo e ao lucro das vendas de 6ª feira (20), Dia Nacional
da Consciência Negra. Segundo o Carrefour, o programa visa assessorar, de forma
livre e independente, todas as unidades da rede de supermercados no Brasil em
ações contra o racismo.

“Este comitê foi formado a partir
dos diálogos decorrentes da tragédia de Porto Alegre e é absolutamente
independente, não tem qualquer vínculo de subordinação ao Carrefour Brasil”,
citou a nota do grupo.

O comunicado acrescenta também
que: “Sua maior motivação é o dever moral de tentar impedir que mais pessoas
negras morram, com o objetivo de orientar e embasar um amplo plano de ação de
combate ao racismo estrutural no varejo e em toda sociedade”.

 

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