Documentário brasileiro fala sobre o diagnóstico tardio de autistas adultos

Inédito, filme ‘Stimados Autistas’ será disponibilizado no ‘Assim Vivemos’ online na terça-feira (13) | Foto: Reprodução

Postado em: 13-04-2021 às 08h50
Por: Augusto Sobrinho
Imagem Ilustrando a Notícia: Documentário brasileiro fala sobre o diagnóstico tardio de autistas adultos
Inédito, filme ‘Stimados Autistas’ será disponibilizado no ‘Assim Vivemos’ online na terça-feira (13) | Foto: Reprodução

Elysia Cardoso

O média-metragem ‘Stimados
Autistas’, de Cristiano de Oliveira, disponibilizado nesta terça-feira (13), às
17h, na edição online do ‘Assim Vivemos – Festival Internacional de Filmes
sobre Deficiência’, parte de uma experiência pessoal do diretor. Seu filme fala
sobre o diagnóstico tardio de autistas adultos como ele de como é conviver sem
uma definição e o que muda após a confirmação. Após a exibição, às 19h,
acontece o debate Autismo e Neurodiversidade com participação de Cristiano de
Oliveira e de Laís Silveira Costa, doutora em saúde pública e cofundadora do
AcolheDown.

O diretor comenta sobre a
satisfação em participar do ‘Assim Vivemos’. “Para mim, é o reconhecimento por
um trabalho bem feito. Os espectadores poderão aprender sobre autismo a partir
do ponto de vista dos próprios autistas. O documentário aborda diversos temas
de relevância dentro do autismo, mas a mensagem principal é a importância do
diagnóstico para a melhor compreensão de si mesmo e de seu lugar no mundo”,
comenta Cristiano.

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Gravado remotamente durante a
pandemia, ‘Stimados Autistas’ levou dois meses para ficar pronto. Cristiano foi
responsável por todo o processo, desde a concepção até a finalização. Ele
entrevistou seis personagens e também gravou depoimento contando sua história.
Fonoaudiólogo formado pela Universidade Federal de São Paulo e pós-graduado em
audiologia clínica, Cristiano recebeu o diagnóstico de autismo aos 34 anos, sua
idade atual. O título, ‘Stimados Autistas’, é um trocadilho com o termo ‘Stim’,
expressão em inglês para comportamentos repetitivos e estereotipados, com a
palavra ‘estimados’.

Para Oliveira o caminho para
acabar com mitos sobre autismo é ouvir o que os próprios autistas têm a dizer.
“No nosso documentário: foi produzido por uma pessoa autista, com convidados
autistas, e com diversidade de pontos de vista. Com a presença de homens, mulheres,
negros e brancos, com diferentes personalidades e necessidades de suporte
variados”, ressalta o diretor.

Produção e recursos

Os filmes contarão com recursos
de acessibilidade como a audiodescrição e as legendas LSE (para surdos e
ensurdecidos), além da interpretação em libras. Os debates terão interpretação
em libras. Será distribuído gratuitamente por e-mail material didático com
sugestões de atividades para professores e profissionais da área, inspirado nos
temas retratados nas produções, podendo ser aplicadas tanto para alunos como
para professores.

Esta edição online só foi
possível porque a Cinema Falado Produções, organizadora do festival, foi
contemplada no edital Lei Aldir Blanc. Participam 14 filmes nacionais e
estrangeiros de edições passadas e dois inéditos brasileiros entre curtas,
médias e longas-metragens. Realizado bienalmente desde 2003 no segundo semestre
de 2021 está prevista a 10ª edição com produções inéditas. O evento será
presencial nas cidades do Rio de Janeiro, de Brasília e de São Paulo.

Para assistir aos filmes, basta entrar em (www.assimvivemos.com.br). Até hoje
(13), as produções serão disponibilizadas em duas sessões diárias: às 15h e às
17h.  Às 19h terá início o debate em link
específico divulgado no site do festival. A mediação dos bate-papos será feita
por Lara Pozzobon, uma das fundadoras do Assim Vivemos. Até quarta-feira (14),
último dia do evento, todo o conteúdo ficará disponível no site. (Especial para O Hoje)

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