Maia diz que rebaixamento pode ajudar aprovação da reforma da Previdência

Ele sinalizou que a responsabilidade pela aprovação da reforma também é do governo. “Todos têm responsabilidade. A liderança do governo é decisiva para aprovar a reforma”, acrescentou

Postado em: 12-01-2018 às 12h20
Por: Márcio Souza
Imagem Ilustrando a Notícia: Maia diz que rebaixamento pode ajudar aprovação da reforma da Previdência
Ele sinalizou que a responsabilidade pela aprovação da reforma também é do governo. “Todos têm responsabilidade. A liderança do governo é decisiva para aprovar a reforma”, acrescentou

O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ) disse hoje (12) que o rebaixamento da nota de crédito do Brasil
pode ajudar no convencimento dos parlamentares em torno da reforma da
Previdência.

A agência internacional de
classificação risco de Standard & Poor’s rebaixou ontem o país para três
níveis abaixo do grau de investimento. Ela justificou sua avaliação negativa
sobre o Brasil por conta da demora na implementação das reformas,
principalmente a da Previdência, que poderiam reduzir os riscos fiscais do
país.

Continua após a publicidade

Para Rodrigo Maia, a avaliação da
agência internacional pode contribuir para o avanço da proposta na Câmara “se
parte do governo não tentar responsabilizar o Congresso”, disse o deputado à
Agência Brasil.

Ele sinalizou que a
responsabilidade pela aprovação da reforma também é do governo. “Todos têm
responsabilidade. A liderança do governo é decisiva para aprovar a reforma”,
acrescentou.

O Congresso Nacional está em
recesso parlamentar até fevereiro. Neste período, líderes partidários estão se
mobilizando junto à equipe do governo para garantir votos favoráveis à reforma.

Proposta tramita na Câmara desde
2016

A Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) que altera as regras de acesso à aposentadoria tramita na
Câmara desde o fim de 2016. A PEC foi aprovada em uma comissão especial da
Câmara em maio do ano passado e, desde então, aguarda para ser analisada em
plenário.

A tramitação da proposta, no
entanto, ficou paralisada depois que chegaram à Câmara duas denúncias contra o
presidente Michel Temer, apresentadas pela Procuradoria Geral da República.

As acusações que pesaram contra
Temer por crime de corrupção passiva, obstrução da justiça e liderança de
organização criminosa foram derrubadas em plenário pelos deputados.

No entanto, o processo de votação
das denúncias gerou um desgaste na base aliada do governo e provocou o recuo do
apoio de vários deputados em torno das reformas.

O quorum para aprovar a emenda é
qualificado, precisa do apoio de 308 deputados, o que corresponde a dois terços
do total de 513 parlamentares em dois turnos. A base governista ainda não
conseguiu reunir os votos e a votação da reforma foi adiada para fevereiro. 

Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução

Veja Também