Após decreto polêmico, Rogério Cruz responde críticas sobre fechamento de bares

Prefeito de Goiânia relata que enfrentamento contra a Covid-19 não se dá apenas com abertura de novos leitos | Foto: reprodução

Postado em: 30-01-2021 às 11h00
Por: Carlos Nathan Sampaio
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Prefeito de Goiânia relata que enfrentamento contra a Covid-19 não se dá apenas com abertura de novos leitos | Foto: reprodução

Samuel Straioto

Após decreto que restringe a comercialização de bebidas alcóolicas, com o fechamento de bares e restaurantes a partir de 23 horas e de distribuidoras de bebidas a partir de 20 horas, ter entrado em vigor na última quinta-feira (28), ocorreram críticas de parte do setor de bares pela medida tomada. O prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos) comentou o assunto e disse que a preocupação é quanto a uma segunda onda da Covid-19. O gestor municipal participou de reunião com o governador Ronaldo Caiado (DEM) para tratar de medidas de enfrentamento ao coronavírus na capital.

“Se a segunda onda chegar em Goiânia, temos que estar preparados. Muitos comentam, só nos bares? Nos restaurantes? Com distribuidoras? Não é isso. São ambientes que as pessoas obrigatoriamente ficam sem máscaras. O álcool faz com que as pessoas passem a falar mais alto. Se as pessoas querem participar dos eventos, podem participar, pensamos nas pessoas em ficar até às 23 horas”, argumentou o prefeito. Para Rogério Cruz, não é somente uma questão de abrir ou não mais leitos de UTI. “Sabemos que muitos são afetados. Alguns concordam, outros não. Mas é o momento que estamos vivendo. Goiânia vive uma situação estável. Leitos de UTI ocupados numa média de 55%, mas a nossa preocupação não é só leito”, declarou.

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De acordo com o prefeito de Goiânia é necessário pensar em manter o atendimento e não deixar com que falte oxigênio. “Não é a abertura de leitos que vai resolver o problema. Hoje, Goiânia está com média de 50 a 55% de leitos de UTI ocupados, na enfermaria temos média de 50%. Mas, a nossa preocupação não é de abrir leitos ou não, a nossa preocupação é chegar em um estágio que venha faltar oxigênio para que essas pessoas possam ter um atendimento médico”, ressalta Rogério Cruz.

Foi apresentado nesta sexta-feira (29), o IPTU Social. O projeto foi uma das principais bandeiras levantadas pelo ex-prefeito Maguito Vilela, que faleceu no dia 13 deste mês. A proposta foi bastante destacada durante a campanha eleitoral do ano passado. Inicialmente 12 mil famílias estão isentas do pagamento do IPTU 2021 e o número pode atingir até 50 mil famílias goianienses, a depender de análise. O impacto financeiro no orçamento do município é de aproximadamente R$ 8,4 milhões.  O IPTU Social foi aprovado pela Câmara Municipal de Goiânia no final de 2020 e foi sancionado por Cruz no início do mês.

“Estamos tirando do papel um dos compromissos que firmamos durante a campanha. Queremos minimizar os efeitos desastrosos da pandemia”, destacou o prefeito Rogério Cruz (Republicanos). O projeto autoriza que o IPTU não precisa ser pago nas seguintes situações: Imóveis com valor venal inferior ou igual a R$ 60 mil, desde que seja o único imóvel do contribuinte e utilizado para sua residência. Imóveis com valor venal de até R$ 100 mil, desde que fique comprovado que nenhum dos moradores possuem emprego formal. 

Segundo o prefeito Rogério Cruz, o IPTU faz parte de um conjunto de estratégias para amparar os goianienses. “Estamos tirando do papel e colocando em execução uma das metas do plano de governo. E cumprindo um dos compromissos que assumimos com a população em nossa campanha”, destacou. “Estamos trazendo o alívio para muitas pessoas. Neste caso, a prefeitura estará deixando de arrecadar cerca de R$ 8 milhões, mas temos outras maneiras de arrecadações. Como faz parte do programa, foi um estudo feito muito bem elaborado e por isso que hoje temos condições de estar assinando esse projeto”, completou o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz.

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