Governo espera aprovar reforma da Previdência até junho, diz Eliseu Padilha
Segundo cálculos do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, apesar do tema ser polêmico, é possível finalizar a tramitação da proposta no primeiro semestre
O governo trabalha para aprovar a reforma da Previdência no
Congresso até o fim de junho. Segundo cálculos do ministro da Casa Civil,
Eliseu Padilha, apesar do tema ser polêmico, é possível finalizar a tramitação
da proposta no primeiro semestre.
“Pelo nosso calendário [do governo] devemos ter ela votada,
em segundo turno no Senado, antes de 30 de junho”, disse o ministro após
cerimônia abertura dos trabalhos legislativos do Congresso de 2017.
Mais cedo, logo após ser reeleito presidente da Câmara, o
deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse que a comissão especial que vai analisar a
proposta de emenda à Constituição que trata da reforma da Previdência será instalada
na próxima semana. Segundo ele, a proposta deve se votada na Casa até o meio do
ano.
Padilha voltou a enfatizar a urgência da aprovação da
reforma para garantir a continuidade do pagamento das aposentadorias. “Quem
precisa da reforma da Previdência são os brasileiros, aquele que já está
aposentado ou aqueles que pensam que poderão se aposentar um dia. Se não
fizermos a reforma, mesmo com o teto [de gastos], no ano de 2025 todo o
Orçamento da União será conduzido para folha de pagamento, saúde, educação e
Previdência. Isso é absolutamente inimaginável”, disse.
Para o ministro da Casa Civil, o ano de 2017 é de
“continuidade”, de reformas e recuperação do emprego. “O que temos em relação a
esse ano legislativo é a continuidade do processo que começou no ano passado,
de um governo de reformas, e reformas profundas. Temos problemas estruturais e
conjunturais. Os estruturais foram encaminhados, estamos já com os primeiros
grandes resultados”, disse Padilha
Disputa na Câmara
Padilha negou que a disputa de aliados do governo para a
presidência da Câmara resulte em racha na base aliada. Segundo ele, o governo
se manteve distante da eleição e, passada essa fase, a base seguirá fiel ao
Planalto.
“Absolutamente não. A democracia tem como pressuposto que
tenhamos disputas. Assim como, passada a disputa, voltarmos a ter unidade e
harmonia e a base unida para poder enfrentar a oposição. Ela é indispensável
para que se tenha a democracia na perfeição e na plenitude. Não houve e não há
nenhum racha na base do governo.”
Foto: Reprodução (Agência Brasil)