TSE pede que governo mude início do horário de verão de 2018 devido às eleições
Segundo o tribunal, por causa dos fusos, o horário de verão agrava o problema do início e fim da votação das eleições ordinárias
O Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) quer que o governo federal mude a data do horário de verão do próximo
ano. Em encontro com o presidente Michel Temer, nessa quinta-feira (16), no
Palácio do Planalto, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, entregou um
ofício solicitando que em 2018 o horário de verão comece após o segundo turno
das eleições gerais. Normalmente, o horário de verão começa no mês de outubro.
Em nota divulgada em seu site, o
TSE explica que “a razão do pedido é garantir que os diferentes fusos horários
existentes no Brasil, acentuados pela mudança de ponteiros que tradicionalmente
ocorre nos meses de verão nas regiões do Centro-Sul do país, não causem atrasos
na apuração dos votos e na divulgação do resultado das eleições”.
De acordo com o TSE, o Código
Eleitoral determina dia e hora em que as eleições ordinárias devem ocorrer: “O
primeiro turno deve ser das 8h às 17h do primeiro domingo do mês de outubro, e
o segundo turno, no mesmo horário do último domingo do mesmo mês.” Mas por causa
dos quatro fusos horários do país, o início e o encerramento da votação não
ocorrem de maneira simultânea em todo o território nacional, diz o órgão
eleitoral.
Segundo o tribunal, por causa dos
fusos, o horário de verão agrava o problema do início e fim da votação das
eleições ordinárias. “Por exemplo, as urnas no Acre são fechadas três horas
depois de a contagem de votos já ter sido iniciada nas regiões Sul, Sudeste e
parte do Centro-Oeste”.
“No caso de eleições estaduais,
esse aparente descompasso não causa problemas. Contudo, em se tratando de uma
eleição geral como a do ano que vem, com votação para presidente da República,
essa diferença de horário pode confundir o eleitor e provocar um aumento no
número de abstenções de voto”.
O TSE informa ainda que o pedido
de mudança no início do horário de verão de 2018 também foi encaminhado para o
Ministério de Minas e Energia.
Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução