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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
Acusação

STF marca para dia 17 julgamento de denúncia contra Aécio Neves

Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor parlamentar do senador Zezé Perrella

Postado em 10 de abril de 2018 por Victor Pimenta
STF marca para dia 17 julgamento de denúncia contra Aécio Neves
Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador

O presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal
(STF), ministro Alexandre de Moraes, marcou para o dia 17 deste mês o
julgamento sobre a recebimento da denúncia contra o senador Aécio Neves
(PSDB-MG) em um dos inquéritos resultantes da delação do empresário Joesley
Batista, da JBS.

O relator do caso é o ministro Marco Aurélio Mello, que
integra a Segunda Turma junto com Moraes, Luiz Fux, Rosa Weber e Luís Roberto
Barroso.

Segundo a denúncia, apresentada há mais de 10 meses, Aécio
solicitou a Joesley Batista, em conversa gravada pela Polícia Federal (PF), R$
2 milhões em propina, em troca de sua atuação política. O senador foi acusado
pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, os crimes de corrupção
passiva e tentativa de obstruir a Justiça.

Após contestações da defesa de Aécio, a denúncia foi
reiterada no fim do mês passado pela atual procuradora-geral da República,
Raquel Dodge, para quem a “o senador vilipendiou de forma decisiva o escopo de
um mandato eletivo e não poupou esforços para, valendo-se do cargo público,
atingir seus objetivos espúrios”.

Aécio Neves já negou diversas vezes qualquer irregularidade
no pedido feito a Joesley Batista, alegando que a quantia dizia respeito a um
empréstimo pessoal, sem nenhuma contrapartida em favor do empresário.

Também são alvos da mesma denúncia a irmã do senador, Andrea
Neves, o primo dele, Frederico Pacheco, e Mendherson Souza Lima, ex-assessor
parlamentar do senador Zezé Perrella (PMDB-MG) flagrado com dinheiro vivo.
Todos foram acusados de corrupção passiva.

Defesa

Em nota divulgada nesta terça-feira, o advogado Alberto
Toron, que representa Aécio Neves, disse que o senador foi “vítima de uma
situação forjada, arquitetada por criminosos confessos que, sob a orientação do
então procurador Marcelo Miller, buscavam firmar um acordo de delação premiada
fantástico”.

Toron fez referência ao ex-procurador da República Marcelo
Miller, suspeito de ter orientado indevidamente Joesley Batista na negociação
do acordo de delação premiada do empresário.

“As provas revelam que o empréstimo pessoal feito ao
senador não envolvia dinheiro público ou, como reconheceu a própria PGR,
qualquer contrapartida. Assim, inexiste crime ou ilegalidade na conduta do
senador Aécio”, acrescenta o texto escrito pelo advogado.

 Fonte: Agência Brasil.

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