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sábado, 23 de novembro de 2024
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Câmara de Vereadores

Deflagrada 2ª fase da operação que apura fraudes em Planaltina

Operação Mãos à Obra apura irregularidades na autorização para pagamento de diárias pela Presidência da Câmara

Postado em 20 de novembro de 2018 por Guilherme Araújo
Deflagrada 2ª fase da operação que apura fraudes em Planaltina
Operação Mãos à Obra apura irregularidades na autorização para pagamento de diárias pela Presidência da Câmara

Mandado está sendo cumprido na Câmara

Da Redação

Foi deflagrada na manhã desta terça-feira (20) a 2ª fase da Operação Mãos à Obra, que apura irregularidades na autorização para pagamento de diárias pela Presidência da Câmara de Vereadores de Planaltina de Goiás, entre 2016 e 2018, bem como no recebimento dessas diárias por parlamentares da Casa.

Esta 2ª fase é coordenada pelo promotor de Justiça Rafael Simonetti Bueno da Silva, da 4ª Promotoria de Justiça da comarca, e conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Entorno, e da Polícia Civil de Planaltina, coordenada pelo delegado Bruno Ramos Mendes, com a participação de dez agentes de polícia.

Nessa etapa, está sendo cumprido mandado de busca e apreensão na sede da Câmara de Vereadores para viabilizar o acesso do Ministério Público a documentos que comprovam a existência das irregularidades e que teriam sido fraudados para justificar o pagamento e o recebimento de diárias parlamentares, durante os anos mencionados.

De acordo com o apurado pelas investigações, o presidente do Legislativo teria autorizado, em 2016, o pagamento de diárias a vereadores sem qualquer justificativa para tanto. Além disso, há fundados indícios de que os investigados teriam falsificado comprovantes para justificar o recebimento dessas diárias.

Conforme delineado pela investigação, essa prática ainda pode estar ocorrendo, pois o controle de legalidade dos atos administrativos da Câmara tem se mostrado falho, uma vez que basta ao parlamentar elaborar uma declaração de próprio punho, sem qualquer elemento de prova, sob o argumento de que esteve a trabalho fora da cidade de Planaltina, para receber a indenização (pagamento de diária), o que pode configurar os crimes de falsificação de documentos público e particular, falsidade ideológica e peculato.

Na primeira fase da operação, deflagrada no dia 6, o objetivo foi apurar irregularidades detectadas nas obras de reforma da Câmara Municipal. A ação resultou na prisão do ex-presidente do Legislativo e atual prefeito de Planaltina, Pastor André (leia no Saiba Mais). A denúncia em relação a este caso foi oferecida pelo Ministério Público no dia 14 (confira mais tarde no site) e a Justiça manteve as prisões decretadas.  

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