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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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Esclarecendo

Médium cometia abuso depois dava presente à vítima, diz delegado

João de Deus está preso preventivamente no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

Postado em 21 de dezembro de 2018 por Guilherme Araújo
Médium cometia abuso depois dava presente à vítima
João de Deus está preso preventivamente no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia

O delegado Valdemir Pereira que acompanha em Abadiânia as denúncias contra João Teixeira de Farias, o João de Deus, de 76 anos, descreveu o modus operandi do médium nos crimes sexuais dos quais é acusado. Ele afirmou que João de Deus tinha como “prática” cometer o abuso e depois dar presentes às vítimas.

No caso mais recente, que resultou ontem no indiciamento do médim por violação sexual mediante fraude, com pena entre 2 a 6 anos de prisão, o delegado disse que João de Deus agiu da mesma forma. Após o abuso, o médium pediu que a mulher escolhesse um dos quadro expostos.

O delegado afirmou, em entrevista coletiva, que a mulher de 39 anos contou ter sido abusada sexualmente em outubro deste ano, enquanto se submetia a tratamento na Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia. De acordo com ele, a vítima ainda está abalada com o que sofreu. Valdemir Pereira e policiais acompanharam a mulher até o centro espiritualista onde ela mostrou a sala na qual disse ter sido agredida pelo médium.

O médium está preso preventivamente no Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia. O Supremo pode decidir hoje sobre pedido de liberdade.

Detalhes

A TV Anhanguera, de Goiânia, teve acesso ao depoimento da mulher. Nele, a vítima disse que agressão ocorreu em 24 de outubro. No relato, ela contou que o médium apagou a luz da sala enquanto estava sozinho com ela, depois passou a massageá-la abaixo do ventre e pediu que mexesse o quadril, em seguida tentou encostar.

No depoimento, a vítima afirmou também que João de Deus pediu que ela o massageasse na barriga e, em seguida, ela percebeu que ele estava com o órgão sexual exposto.

Outros crimes

O Ministério Público de Goiás continua recebendo relatos de possíveis crimes sexuais cometidos pelo médium no estado e em outros países. Alguns, de acordo com integrantes da força-tarefa que investiga as ações, podem ter prescrito. Mas serão úteis nas apurações, pois pode servir de material probatório.

Para promotores que atuam na força-tarefa das investigações, João de Deus pode ser indiciado por três crimes distintos – violação sexual mediante fraude, estupro e estupro de vulnerável.

A Polícia Civil também instaurou inquérito para investigar a origem de cinco armas e R$ 405 mil (em reais e moeda estrangeira), localizados em uma das propriedades de João de Deus. 

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