A decisão do governador Ronaldo Caiado (DEM) de dividir a
reforma administrativa em duas partes poderá dar mais trabalho aos
articuladores políticos do governo, já que resultará em aumento de pressões por
aliados e categorias de servidores para manutenção ou indicação de espaços. A
avaliação é do secretário estadual de Gestão e Planejamento, Pedro Henrique Sales.
“Isso é um processo natural. Toda e qualquer alteração que se particiona em
duas etapas, esse intervalo que há entre elas vai ser de duras disputas, muito
debate e tentativa de convencimento do governador e dos secretários também”,
avalia o auxiliar. Após a efetivação da reforma administrativa, Pedro Sales
assumirá a Secretaria de Administração, como adiantado pela Coluna. Ele
considera, porém, que o processo de “debate” é natural e que não deverá
atrapalhar as mudanças na estrutura do governo. “Esse é um processo natural. O
governador tomou a decisão de fazer em duas etapas e a condução política do
governo parte dele mesmo”, avalia o secretário.

Gestão posterior

Diante das dificuldades previstas para articular a
organização de segundo e terceiro escalões, Pedro Sales, adianta: “Nós temos
total confiança nas avaliações do governador e os ônus e os bônus cabe a nós
administrar dentro das possibilidades”.

Esforço

A oposição segue utilizando todos os mecanismos previstos no
regimento interno da Assembleia Legislativa para atrasar a aprovação de
projetos do executivo. A reforma já recebeu emendas e dois pedidos de vistas.
Vai hoje à primeira votação em plenário.

Prioridades a definir

O governador Ronaldo Caiado (DEM) apresentou as contas do
estado aos deputados estaduais e afirmou que há total transparência em relação
ao caixa diário do estado, quando questionado sobre a previsão para o pagamento
do salário atrasado de dezembro. Apesar disso, não garantiu que a quitação do
compromisso com os servidores seja a prioridade da gestão fiscal. “Colocamos
com toda a clareza a realidade do estado e o extrato bancário de todos os dias.
Vai ter um momento em que a sociedade vai decidir se eu vou ter a condição de
salvar vidas. Não abro mão disso, como médico que sou”, afirmou o governador
quando perguntado sobre a folha. “Pagamos o salário de janeiro e mostrar o
extrato que existe é a melhor maneira de dizer qual é a prioridade. Eu às vezes
sou obrigado a decidir entre uma unha encravada e uma fratura exposta”, definiu
o democrata, ainda na comparação entre os salários atrasados e as dívidas
acumuladas junto às Organizações Sociais que administram os hospitais de
referência do estado.

CURTAS

Investigação – O
presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse à Bloomberg, em Davos, que eventuais
irregularidades cometidas pelo filho, Flávio Bolsonaro, terão de ser punidas.

Justiça – “Se por
acaso ele errou e isso for provado, lamento como pai, mas ele terá de pagar o
preço por esses atos que não podemos aceitar”, afirmou.

Saúde – A Secretaria
Municipal de Saúde lançou a campanha “Volta às aulas sem Aedes” e espera
fiscalizar 850 escolas públicas e privadas. 

Contrário

O presidente do Detran, Marcos Roberto Silva, determinou a
revogação de todas as portarias assinadas pela gestão anterior no processo de
implantação das placas veiculares no padrão Mercosul.

O processo

Desde o início de 2018, o órgão tentou fazer contrato com
única empresa para produção das placas do novo tipo, mas houve forte
resistência do Ministério Público e do Tribunal de Contas do Estado.

Por último

Em dezembro, o Detran ainda tentou liberar a participação de
todas as empresas credenciadas pelo Denatran e comprovadamente capacitadas. “Se
depender de nós Goiás será o último Estado a implantar as novas placas”,
decreta o presidente.

Para tudo

O presidente da Goinfra, antiga Agência Goiana de
Transportes e Obras Radar em rodovia de Goiás (Agetop), Enio Caiado, determinou
a paralisação imediata dos serviços de radares móveis em rodovias estaduais.

Justifica

Nota aponta que a ação atende pedido do governador e que era
uma das promessas de campanha de Ronaldo Caiado durante as eleições. A fiscalização
que passará a ser feita apenas por meio dos radares fixos nas rodovias.

Indústria

O Índice de Confiança do
Empresário Industrial, em janeiro de 2019, ficou em 62,5 pontos. Segundo a
FIEG, o número está acima do registrado em janeiro de 2018.