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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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Mundo

Em manhã tensa na fronteira, Maduro e Guaidó convocam manifestações

Presidente interino da Venezuela clama por paz nas redes sociais

Postado em 23 de fevereiro de 2019 por Igor Caldas
Em manhã tensa na fronteira
Presidente interino da Venezuela clama por paz nas redes sociais

O autodeclarado presidente em exercício da Venezuela Juan Guaidó
publicou mensagem no Twitter, neste sábado (23), convocando a
população para uma mobilização em massa pelas ruas do país para
pressionar as Forças Armadas [FANB] a deixar que caminhões com
doações de cunho humanitário entrem no país. Está prevista pra
hoje a entrega de alimentos e medicamentos para a população da
Venezuela pelas fronteiras do Brasil e de Colômbia.

“Vamos em paz,
sem violência e com determinação de mudanças para exigir que a
ajuda humanitária entre”, publicou Guaidó orientando os
manifestantes a vestirem branco e entregarem mensagens a militares em
quartéis para apoiarem a entrada da ajuda no país. Guaidó também
advertiu as FANB: “Hoje vocês têm a vida de centenas de
milhares de Venezuelanos em suas mãos. Todo o país e o mundo estão
com os olhos voltados a vocês. Decidam bem”.

Tensão nas
fronteiras
 

As fronteiras do país com Brasil e Colômbia foram
fechadas por ordem do presidente Nicolás Maduro. Os apoiadores do
presidente chavista também prometem uma “mobilização
revolucionária” neste sábado em Caracas, capital da Venezuela,
“em rejeição a práticas intervencionistas do governo dos Estados
Unidos”, que como o Brasil apoiam Juan Guaidó. Maduro deixou em
alerta as Forças Armadas Nacionais Bolivarianas.

Na manhã deste
sábado, também pelas redes sociais, a vice-presidente do governo de
Maduro comunicou a ordem de fechamento de três pontes que ligam a
Venezuela à Colômbia.

O deputado
Assembleia Nacional Venezuelana Miguel Pizarro, presidente da
comissão especial para a ajuda humanitária, orienta que os
manifestantes digam aos militares que o propósito de ajuda é
humanitário: “não é para confrontar as Forças Armadas” e que
a entrada dos mantimentos “não é uma derrota aos militares,
porque eles sofrem o mesmo que nós”.

Ontem, o dia começou
tenso e com confrontos entre militares e manifestantes na fronteira
do Brasil com a Venezuela. De acordo com parlamentares, duas pessoas
morreram e 15 ficaram feridas. Pelo menos sete venezuelanos baleados
foram conduzidos para hospitais em Boa Vista, Roraima. As vítimas
são indígenas, segundo parlamentares e organizações não
governamentais.

Agência Brasil

 

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