Bolsonaro diz que pode sofrer impeachment se não fizer contingenciamento
Em Anápolis, o presidente voltou a criticar a divulgação de pesquisas dos institutos em relação aos desmatamentos na Amazônia. Foto: Ruber Couto
Nielton Soares
O presidente Jair Bolsonaro esteve nesta quarta-feira (31) em Anápolis, com comitiva de ministros, para a assinatura do contrato de concessão dos trechos central e sul da Ferrovia Norte-Sul, na cidade. A operação ficará por conta da empresa Rumo Logística, maior operadora logística com base ferroviária independente do Brasil. “O poder público está aqui investindo nesta obra, que está a 30 anos para ser concluída”, disse.
Questionado sobre o contingenciamento de recursos nos ministérios da Educação e da Cidadania nesta quarta-feira, ele respondeu que: “se não fizer isso, eu vou para o impeachment. Não vamos pedalar. Não vamos descumprir a Lei de responsabilidade fiscal”, justificou.
Segundo o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, o Governo Federal está fazendo uma “revolução ferroviária” no país e que os investimentos irão se intensificar por meio de parcerias privadas no setor. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a concessão dos trechos da ferrovia Norte-Sul será importante para resolver o gargalo da logística agropecuária do país.
O presidente foi questionado ainda em relação aos dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), ele voltou a justificar que as informações divulgadas estão atrapalhando os negócios do país internacionalmente. “Esses dados do INPE, desmatamentos, crianças na rua. Ninguém que fugir da verdade. Mas precisam ser dados precisos. Dados imprecisos atrapalham nosso negócio fora do Brasil”, disse.
EUA
Acerca do comentário do presidente Donald Trump em acelerar o acordo comercial com os Estados Unidos. Ele disse que é do interesse do Governo Federal fechar com aquele país. “Nós interessa sim, cada vez mais se aproximar da primeira economia do mundo”, afirmou. Ele acrescentou que a declaração do político norte-americano é o resultado da “recuperação da confiança” no país.