Prefeito de Luziânia chama denúncias de abuso sexual de ‘grande armação’
Cristovão Tormin (PSD) foi denunciado no MP-GO por sete mulheres que alegaram ter sido abusadas; algumas são servidoras públicas do município – Foto: Divulgação.
Nielton Soares
Após denúncias de abuso sexual, o prefeito de Luziânia, Cristóvão Tormin (PSD), se defendeu pela rede social e disse está sofrendo ‘ataque caluniosos’, sendo vítima de uma ‘grande armação’, mas que aguarda a apuração do Ministério Público de Goiás (MP-GO) para esclarecer o caso.
Algumas das denunciantes já foram ou são servidoras públicas do município. O político respondeu às denúncias em um vídeo, alegando serem de motivação política e que tudo isso está “passando dos limites”.
Entretanto, Tormin afirma que está trabalhando tranquilamente e está esperando a apuração do caso e, por fim, a punição dos responsáveis. “Tenho certeza que até o final tudo será esclarecido e essas acusações, essa grande armação será desvendada e as pessoas serão punidas”, ressalta.
Sete mulheres denunciaram o prefeito Tormin por abuso sexual ao MP-GO. Uma servidora concursada acusa ele de ter abusado dela três vezes, quando ela foi discutir uma gratificação, em 2016 e 2018. Uma segunda mulher contou que foi forçada a beijá-lo e teve os seios tocados. Outra servidora afirmou que foi vítima do mesmo crime em 2014, quando despachava com o político. Uma delas afirmou que foi desencorajada na delegacia local a registrar uma ocorrência.
Mandato
Cristovão Tormin (PSD) cumpre o segundo mandato de prefeito de Luziânia, município do Entorno do Distrito Federal, a 210 km de Goiânia. Para ele, as acusações estão relacionadas com briga política com pessoas ligadas a um deputado estadual e um vereador, que não teve os nomes revelados.
O prefeito chegou a registrar boletim de ocorrência na polícia e disse estranhar que mesmo não podendo se candidatar para reeleição e essas acusações virem à tona próximo ao período eleitoral.
No vídeo, Tormin pede desculpas à própria família pelo sofrimento que estão passando, apontando como “leviandades daqueles que não tem escrúpulos e não medem suas ações na busca incessante pelo poder”.