Goiânia é uma cidade “cheia de remendos”, diz Francisco Júnior
Pré-candidato a prefeito participou da elaboração do Plano Diretor em 2007, em gestão de Iris Rezende. Foto: Portal Câmara dos Deputados
Samuel Straioto
O deputado federal e pré-candidato a prefeito de Goiânia,
Francisco Júnior (PSD) participou da a elaboração da última atualização do
Plano Diretor, em 2007. A época ele era secretário de Planejamento da
Prefeitura e na eleição de 2008, se candidatou ao cargo de vereador, sendo
eleito. Ele destaca que foram poucas as leis complementares aprovadas. Para
ele, tem faltado planejamento na gestão do prefeito Iris Rezende (MDB).
“Tenho acompanhado na medida do possível, na medida que a
gente conhece e fica aqui o meu lamento. Quando falo que Goiânia infelizmente
apesar de ter nascido planejada, ela não tem planejamento, ela está sendo
administrada de forma improvisada, cheia de remendos, o Plano Diretor é um
exemplo disso”, afirmou.
O deputado disse que das 42 leis que precisavam ser aprovadas,
após a implantação do Plano Diretor de 2007, apenas 13 foram efetivadas. Ele
disse que dez delas foram feitas no período em que foi secretário e depois o
Município encaminhou poucas propostas.
Técnicos
Francisco Júnior diz valorizar o trabalho feito pelo
secretário de Planejamento, Henrique Alves, e pelos técnicos da prefeitura. Ele
lamenta que o Plano não tenha sido tratado como prioridade, por se tratar dos
próximos dez anos da administração municipal.
“Neste plano agora coordenado pelo secretário Henrique
Alves, pessoa de grande qualidade, muito dedicado, técnicos se empenharam, se
entregaram ao máximo, mas sem recursos, sem investimentos, sem que a gestão
levasse o Plano a sério, sem levar o Plano Diretor a sério, e a cidade está
cheia de problemas, sem avanços. Nos últimos 15, 20 anos, os problemas são
basicamente os mesmos, apenas piorando”, argumentou o parlamentar.
Francisco Júnior teme que o Plano Diretor seja um documento
de “faz de conta”, que não indica as verdadeiras necessidades da capital para
os próximos dez anos. O pré-candidato
avalia que as várias obras em andamento são superficiais e que não atacam os
verdadeiros problemas da cidade.