Eduardo Marques

Na saída do Palácio da Alvorada, em Brasília, na manhã desta terça-feira (12), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que, com as decisões de governadores e prefeitos de manterem medidas restritivas para conter o avanço do novo coronavírus, o Brasil está voltando a ser o país da fome.

“Estamos voltando ao país da fome. Tem que tratar a questão do vírus juntamente com a questão do desemprego”, afirmou ele.

Questionado por um apoiador sobre a postura do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), em relação às determinações de isolamento no estado e a ampliação da quarentena, Bolsonaro respondeu: “O Supremo [Tribunal Federal] deu poderes pra ele decidir sobre essa questão aí. Se fosse comigo, seria diferente”.

O chefe do Planalto já defendeu diversas vezes a reabertura das atividades econômicas no país e afirmou que as medidas de isolamento para conter o avanço do coronavírus não podem ser um problema maior do que a própria doença.

Na manhã desta terça, o presidente participou de uma cerimônia de hasteamento da bandeira nacional na área externa do Alvorada, que contou com a presença da banda do cerimonial e do conselho de ministros. A bandeira chegou a ser hasteada de maneira total e não a meio mastro, como está no Congresso Nacional e no STF por causa das milhares de mortes no país causadas pelo novo coronavírus.

O presidente não se dirigiu diretamente aos jornalistas presentes. Questionado por outro apoiador sobre o congelamento de salários dos servidores, ele disse que vai conversar sobre o assunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes.