Com abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as ações do governo federal durante a pandemia da Covid-19, as ações do presidente Bolsonaro (Sem partido) e as pastas do seu governo começam a tomar novas medidas em relação à situação que só se alastra pelo país. 

Nesta quinta-feira (06/05) o presidente informou na sua conta do Twitter, sobre a destinação das 2,5 milhões de doses da Pfizer que foram recebidas nesta quarta-feira (5). “A nova remessa, vinda dos Estados Unidos, faz parte do calendário do mês de maio que fechará com 2,5 milhões de doses da Pfizer. Ainda no primeiro semestre serão 15 milhões de doses deste específico imunizante”, publicou. Em sequência, anunciou sobre a realização da distribuição de 500 mil doses para os estados.

Há pouco tempo atrás, em dezembro do ano passado, o presidente rejeitou a proposta da farmacêutica Pfizer que previa 70 milhões de doses de vacinas até dezembro deste ano. No atual momento, seria entregue mais de 3 milhões de imunizantes, o equivalente a 20% das doses distribuídas até março.

O posicionamento de Bolsonaro, após a instauração da CPI da Covid-19, deixa cada vez mais nítido a sua imprecisão enquanto governador do país. Não desconsiderando a chegada de novos imunizantes como algo importante, mas sim, como complementar. O presidente segue realizando suas ações pelo medo extremo de largar o seu posto de capitão. Fazendo tudo para manter a sua pose – que já não é muito boa -, Bolsonaro aproveita das mínimas ações que um presidente precisa realizar para ter o seu curral para 2022 e também, em doce sonho, não cair nas mãos da CPI.

João Gabriel Palhares – Especial para O Hoje