Faltam menos de cinco meses para a homologação das chapas para a presidência da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás (OAB-GO) e o principal grupo de oposição, o Nova Ordem, conta com dois postulantes: são os advogados Pedro Paulo de Medeiros e Júlio Meirelles, que estiveram juntos nas últimas eleições, em 2018, e que ainda podem voltar a caminhar juntos, desde que haja uma nova convergência entre os grupos OAB Forte, OAB Independente e OAB Renovação.  

Os dois postulantes estiveram juntos naquela ocasião e podem andar juntos novamente, se os candidatos estiverem com a mesma disposição e mesma luta, como oposição ao grupo que está na direção da Ordem, inclusive, abertos a possibilidade de que candidaturas dissidentes da pré-candidatura do presidente da Escola Superior dos Advogados (ESA), Rafael Lara, que é apoiado pelo atual presidente, Lúcio Flávio.  

O principal nome do grupo, Pedro Paulo, foi candidato em 2018 e obteve 38% dos votos, frente a 52% de Lúcio Flávio. O postulante acredita que unidos o grupo de oposição poderá vencer as eleições e convida todos aqueles que tiverem a mesma disposição que ele, ou seja, a de levar a gestão da OAB-GO para toda a advocacia, e não para uma “panela” e para “amigos”, serão muito bem-vindos no projeto de oposição.  

“Minha candidatura é fruto da insatisfação da classe, do abandono da advocacia e de uma OAB usada para beneficiar um pequeno grupo de elite”, comentou o postulante. 

Meirelles está disposto a conversar com Pedro Paulo e também diz que está aberto para as demais candidaturas, tanto para um apoio de Pedro Paulo, que é considerado como candidato de oposição, “assim como ele”, quanto para as outras duas pré-candidaturas do atual grupo que tem além de Lara. São eles o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (Casag), Rodolfo Otávio, e a conselheira federal Valentina Jungmann (os dois últimos são postulantes, mas não se consideram dissidentes).  

“É bem difícil avaliar o que deve acontecer, porque nós temos cinco pré-candidaturas, sendo que somente duas são de oposição, portanto a conversa pode o diálogo é importante e as três demais pré-candidaturas são candidaturas dissidentes do grupo do Lúcio Flávio e tendem a se portar como oposição mais para frente”, acredita o postulante.  

Sobre um apoio de Pedro Paulo, o postulante avalia que a sua movimentação é anterior às eleições, quando Pedro Paulo ainda não manifestava a sua intenção de ser candidato. Antes, havia apenas Júlio e André Abrão como postulantes, no entanto, sem êxito na pré-campanha de André, abriu-se o caminho para um “retorno tardio” de Pedro Paulo.

Portanto, está aberto a uma composição de chapa junto com Pedro Paulo, desde que o postulante queira entrar na chapa de Meirelles, inclusive, “para receber Pedro Paulo no cargo que ele quiser”.  

“Fiz e trabalhei a minha pré-candidatura, mas se ele for candidato, também, teremos que conversar porque creio que estas decisões precisam ser cumpridas”, disse o postulante que acredita que a oposição está unida em prol do seu nome.  

Situação  

Do outro lado, o pré-candidato Rafael Lara já conta com o apoio dos ex-postulantes Thales Jayme e Jacó Coelho, que fazem parte da atual diretoria e também conta com o apoio da secretária-geral adjunta, Delzira Santos, e com o diretor-tesoureiro Roberto Maia, que também reiteraram o apoio irrestrito à candidatura de Lara. 

Os dois primeiros eram postulantes à candidatura pelo grupo de Lúcio Flávio, no entanto, retiraram os seus nomes do pleito após a manifestação de apoio do presidente Lúcio Flávio à Rafael Lara.  

Essa volta, de acordo com Jacó Coelho aconteceu porque havia a necessidade de “alguém mais moderno e de confiança para continuar mudando a realidade da OAB” e que esse nome seria de Rafael Lara. “Vamos andar juntos porque merecemos avançar e esse é o momento de construirmos mais o ‘OAB Para Todos’”, disse o ex-postulante.

O principal apoio, no entanto, é do atual presidente da OAB, que é Lúcio Flávio, que defende o nome de Lara como “único candidato da situação” e descarta as demais candidaturas, que são “de oposição”, segundo o presidente.  Ainda não há uma movimentação de apoio dos demais postulantes em apoio a Rafael Lara.