De saída após investigações: Ricardo Salles, ministro do Meio Ambiente, pede demissão
Exoneração já foi publicada no Diário Oficial da União
O ministro do Meio Ambiente do governo Jair Bolsonaro, Ricardo Salles, pediu demissão demissão nesta quarta-feira (23/06). As informações vêm após intensas investigações envolvendo Salles, alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal) por operação da Polícia Federal que mira suposto favorecimento a empresários do setor de madeiras por meio da modificação de regras com o objetivo de regularizar cargas apreendidas no exterior.
A exoneração a pedido já foi publicada no Diário Oficial da União e Joaquim Alvaro Pereira Leite foi nomeado como substituto no comando da pasta. Joaquim já faz parte do governo desde 2019, primeiro como Diretor do Departamento Florestal e depois como Secretário da Amazônia e Serviços Ambientais, cargo que ocupava até o momento. De acordo com o currículo disponível no site do Ministério do Meio Ambiente, Leite é formado em administração de empresas pela Universidade de Marília (Unimar) e tem um MBA pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper).
Leite é próximo a Salles, e no governo Bolsonaro também ocupou a diretoria do Departamento Florestal da pasta. O currículo do novo ministro inclui ainda passagem por empresas de consultoria e do ramo farmoquímico, além de um período como conselheiro da Sociedade Rural Brasileira.
Além de deixar a Esplanada em meio a uma investigação da PF sobre o esquema de contrabando de madeira, Salles também é duramente criticado por ambientalistas pelo avanço do desmatamento na Amazônia. Não bastasse, o agora ex-ministro também é alvo de um inquérito que investiga sua suposta atuação para atrapalhar a apuração da maior apreensão de madeira do Brasil, feita na Operação Handroanthus.