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domingo, 24 de novembro de 2024
Discussão

Requerimento de apoio à pessoas LGBTQIA+ sofre ataques na Câmara Municipal de Goiânia

Um dia após o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o vereador Marlon Teixeira (Cidadania) defendeu um requerimento de sua autoria, onde pede apoio do Executivo à jovens homossexuais. A ação visa acolher pessoas LGBTQIA+ expulsas de sua casa em um abrigo municipal. A proposta fez com que diversos parlamentares da casa se posicionassem de maneiras […]

Postado em 29 de junho de 2021 por Redação
Requerimento de apoio à pessoas LGBTQIA+ sofre ataques na Câmara Municipal de Goiânia
A proposta fez com que diversos parlamentares da casa se posicionassem de maneiras semelhantes aos discursos homofóbicos | Foto: reprodução

Um dia após o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+, o vereador Marlon Teixeira (Cidadania) defendeu um requerimento de sua autoria, onde pede apoio do Executivo à jovens homossexuais. A ação visa acolher pessoas LGBTQIA+ expulsas de sua casa em um abrigo municipal. A proposta fez com que diversos parlamentares da casa se posicionassem de maneiras semelhantes aos discursos homofóbicos.

De acordo com o vereador Marlon, esses jovens são, na grande maioria, expulsos de casa e vivem em condição de rua, acabando na prostituição. Após a fala, segundo o parlamentar, houve um show de homofobia gratuito. Diversos parlamentares utilizaram de fundamentos cristãos para refutar a proposta. O parlamentar Cabo Senna (Patriota) chegou a deslegitimar a bandeira do arco-íris – símbolo do movimento LGBTQIA+. “Símbolo cristão e não da causa homossexual”, afirmou.

O vereador Thialu Guiotti (Avante) chegou a colocar, dentro da pauta sobre a causa LGBTQIA+, os mecanismos de defesas dessas pessoas como uma forma de “induzir tudo ao normal”. Chegando até a compará-lo com a legalização de drogas. O sargento Novandir (Republicanos), colocou o requerimento, também, como uma iniciativa que visa a superiorização destas pessoas. “Não posso ser uma pessoa comum, se você casar com uma mulher você tem menos direitos”, disse.

Marlon, que defendeu o requerimento, deixou, por diversas vezes, a afirmação que o projeto tratasse de busca pela igualdade e não superioridade. O parlamentar chegou a perguntar a casa o que eles fariam se tivessem um filho gay, mas não obteve resposta.

João Gabriel Palhares – Especial para O Hoje

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