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quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
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Assembleia de Deus deve compor com Caiado para reeleição

Mesmo com cenário ainda obscuro para Luíz do Carmo, o irmão do senador e um dos principais nomes do segmento evangélico em Goiás, bispo Oídes do Carmo, diz não ver razões para “ruptura”

Postado em 28 de agosto de 2021 por Felipe Cardoso
Assembleia de Deus deve compor com Caiado para reeleição
Mesmo com cenário ainda obscuro para Luíz do Carmo

Os comentários mais comuns ventilados pelos corredores da política goiana dão conta de que o cenário ainda segue aberto e, como tal, passível de mudanças. As movimentações, nada tímidas, em prol do pleito que se encontra há mais de um ano de distância, porém, dizem o contrário.

Nesse contexto, o apoio dos evangélicos tem sido observado tanto com cautela quanto com ambição. O poder por trás das grandes lideranças do estado segue na mira daqueles que tendem protagonizar o pleito do ano que vem. A estratégia é tão velha quanto eficaz e tende a ganhar ainda mais musculatura nos próximos meses.

Uma composição com o segmento é sempre esperada entre os grandes nomes que disputam as eleições. Em um cenário recente, a dobradinha foi tida, inclusive, como uma das responsáveis pelo sucesso da chapa emedebista no pleito de 2020, por exemplo.

Encabeçada por Maguito vilela (MDB), a composição com a igreja universal culminou na indicação de Rogério Cruz (Republicanos) como vice na disputa pela prefeitura de Goiânia. Mesmo tendo seu principal nome afastado por complicações da covid19 durante a campanha, o grupo — que terminou vitorioso na corrida eleitoral — deu continuidade aos trabalhos sob liderança de emedebistas e membros da igreja.

Ano após ano, a busca por parcerias fortes continua. Desta vez, com foco na disputa pelas cadeiras do Palácio Pedro Ludovico teixeira e do Congresso Nacional, em Brasília, o desenho se repete.

 Ao Hoje, um dos maiores líderes do segmento evangélico goiano, bispo Oídes do Carmo, da Assembleia de Deus, assegurou que o cenário segue “indefinido”, porém, não descartou manter diálogo com as lideranças. No emaranhado, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), seria o favorito. “Nossa tendência é de composição com ele [Caiado]. Não vejo razão para ruptura”, considerou o evangélico.

A aliança tende a prosperar, mais uma vez, por dois importantes motivos: primeiro pela aproximação do governador com o MDB que, ao que tudo indica, deverá ocupar a vice de Caiado no ano que vem; o segundo, pela dobradinha já experimentada nas eleições que levaram Caiado ao senado em 2014, tendo como suplente o agora senador Luiz Carlos do Carmo (MDB).

Alguém tem que ceder

Com tudo se resolvendo por um lado, do outro, o cenário ainda é obscuro. A questão estaria relacionada a um suposto compromisso de Caiado em apoiar a reeleição de seu ex-companheiro no Legislativo. isso porque, abrigado Daniel como o indicado do MDB à vice, o partido certamente não teria uma nova indicação na chapa, restando a vaga ao Senado a uma terceira sigla.

Sendo assim, já especulasse, nos bastidores, a possibilidade de Luiz do Carmo se filiar a um novo partido político mirando a disputa com apoio de Caiado. Apesar do próprio senador ter considerado essa possibilidade em entrevista à imprensa local, o irmão disse desconhecer a estratégia.

“Nunca ouvi isso da boca do Luiz. (…) Ele está filiado ao MDB e, caso o partido não viabilize apoio à sua candidatura, tem todo direito de buscar seu espaço [em outra sigla]. Não podemos adiantar, as coisas que vão naturalmente se afunilando. Precisamos sentar e discutir melhor. O que o próprio governador tem dito é que não é momento para essa definição, mas que ninguém está descartado. Ou seja, o Luiz é uma possibilidade no leque”, considerou o líder religioso ao ser questionado sobre a possível composição.

Apesar disso, Luiz do Carmo se reuniu recentemente com o ex-senador Wilder Morais (PSC), em Goiânia. Wilder é também um dos nomes cotados para o senado e Luiz do Carmo não descarta a possibilidade de compor a suplência ou vice-versa.

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