Ex-integrantes da CPI da Covid, que formam agora uma frente parlamentar de monitoramento das ações propostas pelo colegiado, traçou estratégia para convocar o procurador-geral da República, Augusto Aras, ao Senado e cobrar em público que ele se manifeste sobre o relatório final aprovado pela Comissão Parlamentar de Inquérito.

Temendo que Davi Alcolumbre, aliado de Aras, proteja o procurador-geral na Comissão de Constituição e Justiça, os senadores querem convocá-lo na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle, cujo presidente é Reguffe, senador pelo Podemos do DF.

O relatório final da CPI pediu o indiciamento de Jair Bolsonaro, do senador Flávio Bolsonaro e do deputado Eduardo Bolsonaro. Como o chefe do Executivo e os dois filhos indiciados têm foro privilegiado, os três só serão investigados com o aval da PGR, comandada por Aras.

O presidente é acusado de nove crimes, incluindo epidemia com resultado de morte e dois crimes de responsabilidade, por supostamente violar direitos sociais e agir de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo.

Os integrantes da comissão entregaram o relatório a Aras pessoalmente no último dia 27, em uma reunião com cobranças duras. A PGR, contudo, informou que recebeu a documentação produzida pela CPI apenas duas semanas depois.