Com desistência de Doria, PSDB pode ficar sem candidato a presidente pela primeira vez em três décadas
Com a desistência do ex-governador de São Paulo, João Doria, nesta segunda-feira (23/5), o Partido da Social Democracia Brasileira pode não contar com um candidato à presidência pela primeira vez desde a redemocratização.
Com a desistência do ex-governador de São Paulo, João Doria, nesta segunda-feira (23/5), o Partido da Social Democracia Brasileira pode não contar com um candidato à presidência pela primeira vez desde a redemocratização. Nesta terça-feira (24/5), em sua primeira aparição após declarar desistência ao cargo, Doria afirmou que não deixará o PSDB.
A presença do ex-governador no encontro do Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), não era esperada. Ao entrar, ele disse à imprensa que “o Brasil precisa de paz e esperança. E precisa de solução também”. Doria sentou ao lado do atual governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB). Garcia irá apresentar, durante a tarde, suas propostas ao governo estadual ao setor empresarial.
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Fundado em 1988, o PSDB lançou seu primeiro candidato a Presidente da República no ano seguinte, 1989, primeira eleição direta no Brasil após o fim da ditadura militar. Desde então, nunca deixou de disputar o cargo. Foram, ao todo, oito disputas em 33 anos.
Por duas vezes consecutivas o candidato do PSDB Fernando Henrique Cardoso saiu vencedor, em 1995 e 2003. Outras quatro vezes o partido foi para o segundo turno, sem sucesso. Já na últimas eleições, em 2018, PSDB encarou seu pior resultado em uma eleição, com 4,7% dos votos para Geraldo Alckmin.
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O ex-senador, José Aníbal, afirma que “não é um bom sinal” que o partido social não tenha nenhum postulante próprio. Ele sugere que o partido aposte em Eduardo Leite ou Tasso Jereissati para a disputa. “Doria tinha uma equação que não fechava, que era uma rejeição muito alta e intenção de voto muito baixa”, disse.
“Agora que Doria fez esse gesto e entendeu a situação, é hora do PSDB cultivar fortemente sua unidade. Um ponto importante é ter uma candidatura. É importante não só para o partido, mas para o processo eleitoral que estamos vivendo. Não é uma candidatura de disputa com a Simone, que é excelente candidata, mas uma que dê mais consistência a esse centro democrático, que ajude nesse debate”, explica.
Em 2016, Doria se aventurou para a Prefeitura de São Paulo e venceu, aos 59 anos. Com pouco mais de um ano no cargo, saiu para concorrer ao Governo de São Paulo. Em 2017, ainda prefeito de São Paulo, declarou sua intenção de algum dia sair para Presidente, caso o partido quisesse.
Alckmin foi o candidato nacional, enquanto o então prefeito disputou o Governo de São Paulo e ganhou. Durante a campanha, se indispôs com seu parceiro de partido. Ao invés de apoiar o político, Doria vestiu, literalmente, a camisa “Bolsodoria”, buscando conquistas os eleitores de Bolsonaro em São Paulo.
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