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segunda-feira, 23 de dezembro de 2024
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“Se eu não conversar, não faço política”, diz Lula ao defender diálogo com apoiadores do impeachment de Dilma

Nesta terça-feira (31/5), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que conversa com políticos que, em 2016, apoiaram o impeachment de sua sucessora Dilma Rousseff (PT), com o intuito de “fazer política” e “avançar com os partidos”.

Postado em 31 de maio de 2022 por Ana Bárbara Quêtto

Nesta terça-feira (31/5), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que conversa com políticos que, em 2016, apoiaram o impeachment de sua sucessora Dilma Rousseff (PT), com o intuito de “fazer política” e “avançar com os partidos”. O petista falou que sua campanha à Presidência não é apenas do PT, mas também de partidos aliados, como PCdoB, PSOL, PSB, PV, Solidariedade e Rede.

O ex-presidente mencionou o assunto durante uma entrevista à rádio Bandeirantes FM de Porto Alegre ao ser questionado sobre uma tentativa de alianças com setores do Movimento Democrático Brasileiro (MDB), com lideranças do partido, como o ex-senador Eunício Oliveira (MDB-CE) e o senador Renan Calheiros (MDB-AL). Ambos votaram a favor pelo impeachment de Dilma.

“Obviamente que eu não faço política parado no tempo e no espaço. Eu faço política vivendo o momento em que estou vivendo. Eu agora estou conversando com muita gente que participou do golpe contra a Dilma. Porque, se eu não conversar, não faço política. Se eu não conversar, você não avança na relação política com o Congresso Nacional, com os partidos”, afirmou Lula.

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“São sete partidos que fazem parte da campanha porque eu disse para a presidenta Gleisi [Hoffmann]: eu não quero ser presidente do PT, eu quero ser presidente de um movimento para restabelecer a democracia neste país e para que a gente possa colocar dentro do coração de cada um de nós a indignação com a miséria”, reforçou.

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Quando questionado sobre sua relação com ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que se manifestou favorável ao impeachment de Dilma na época, Lula negou que Alckmin tenha apoiado a exoneração da ex-presidente. O ex-governador paulista foi convocado para compor a chapa do candidato como vice.

“Ele não só era contra como pediu um parecer de um advogado que deu um parecer contra o impeachment. Não fale isso porque o Alckmin é um companheiro de bem e vai me ajudar de forma extraordinária a consertar este país”, disse.

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Dilma

Durante a entrevista, também defendeu Dilma, disse que a companheira de partido foi “uma vítima de armação”. Segundo o petista, o ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (então no MDB) trabalhava constantemente para “prejudicar o governo”. “Vocês precisam aprender a ter respeito pela presidente Dilma, porque poucas vezes neste país a gente teve uma mulher da qualidade dela”, revelou.

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