Equatorial quer reduzir tempo gasto na solução de ocorrências
Empresa tem buscado melhorar os processos organizacionais, voltados principalmente para a agilidade no atendimento ao cliente
O grupo O HOJE recebeu, na manhã da última terça-feira (7/2), a visita de dirigentes do grupo Equatorial, responsável, agora, pela concessão e distribuição de energia elétrica em Goiás. O assessor de Relações Institucionais, Humberto Eustáquio Tavares, e o gerente de obras e manutenção de alta tensão, Reginaldo Santos, conversaram com jornalistas no intuito de esclarecer o cenário previsto para os próximos anos.
Segundo os dirigentes, o sistema de energia goiano é tão complexo quanto os dos estados do Pará e Maranhão. “O sistema elétrico de Goiás é complexo. Ele cresceu para fazer atendimentos a cargas vinculadas à vocação natural do estado, o agronegócio. Como tal, as redes de média tensão são extensas”, explicou Eustáquio. Segundo o assessor, são mais de 200 mil quilômetros de redes de média tensão. “Isso traz um problema muito sério. Você não pode esquecer de investir no sistema de alta tensão para atender as demandas industriais”.
O dirigente ainda adiantou que já estão mapeados alguns dos investimentos que trarão benefícios ao sistema elétrico goiano. “Teremos a construção de novas subestações, linhas de transmissões, e também uma atenção à nossa rede de média tensão, onde vamos distribuir essa energia ao cliente. Com isso, teremos a possibilidade de transferência de carga no caso de interrupções, aplicações de tecnologia nos sistemas de maneira mais robusta, tudo a fim de atender nossos clientes”.
Eustáquio acrescentou também que a Equatorial tem a capacidade de continuar com os investimentos até então aplicados pela empresa Enel. “Goiás é um dos estados que tem um dos maiores crescimentos de mercado do País. É uma característica do Centro-Oeste. Acredito que a Equatorial deve ampliar os montantes de investimentos, o que já tem sido discutido pela diretoria responsável da empresa”.
Foco no cliente
Para reverter os elevados índices de insatisfação com a qualidade do fornecimento, a empresa, segundo eles, tem apostado em ampliar o “foco no cliente”. O especialista lembrou do acordo estabelecido com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relação aos indicadores de qualidade.
“O contrato de concessão estabelece patamares descendentes, nos próximos dois anos a Equatorial terá uma espécie de tolerância em relação a esse patamar, balizado, hoje, próximo do que era praticado. Há uma compreensão por parte da Aneel para que essa resposta aconteça nesse período de dois anos”, explicou.
Apesar disso, Humberto disse que a empresa tem buscado melhorar os processos organizacionais, voltados principalmente para a agilidade no atendimento ao cliente, tanto na realização de obras quanto em processos vinculados aos estabelecimentos de energia. “A Equatorial fez uma reestruturação na companhia onde foram criadas cinco superintendências. Elas estão posicionadas no interior do estado e são compostas por um quadro técnico para fazer os projetos e atendimentos de novas ligações. Haverá uma pessoa gerenciando cada contingente a fim de fazer um contato direto com o cliente”.
“Nosso foco não será apenas em dar resposta em relação ao número de horas de frequência de desligamento, o que queremos é estar perto do cliente e ver o que o eles têm a dizer sobre a forma com que estamos fazendo nosso atendimento; como estão percebendo nosso serviço. Através dessa estrutura, acreditamos que vamos melhorar bastante o índice de satisfação do cliente”, pontuou.
Reginaldo Santos, por sua vez, destacou que haverão ganhos no atendimento emergencial e tecnológico por meio das novas ferramentas já incorporadas pela empresa. “O cliente quer ter contato e passar suas demandas. Essa sensibilidade é que vai nos apontar onde devemos garantir investimentos”.
Por meio dessa política, o dirigente acredita que será possível antecipar ou diminuir o tempo de atendimento ao cliente. “Pará e Maranhão são complexos. Já temos essa expertise de fazer o melhor dentro do simples e objetivo, como temos feito nesses dois outros estados”.
Por fim, Humberto disse que a insatisfação em relação ao tempo de restabelecimento exige um protocolo onde, até então, as equipes demoram tempo considerável para começar a trabalhar para atender determinada demanda.
“O que queremos fazer é que, sem perder a segurança, possamos simplificar o protocolo e aquilo que a equipe fazia em 1h30 ela possa fazer 30 minutos, claro dependendo da complexidade do caso. Queremos diminuir as rotinas que existem nos protocolos da operação, o que é feito por meio do sistema operacional implantada”.