O senador por Goiás, Jorge Kajuru (PSB), será um dos nomes apoiados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Senado no próximo pleito. “Lula deu a palavra dele”, garantiu o congressista goiano eleito em 2018 e que disputará a reeleição em 2026.

Vale lembrar, no próximo pleito para senador serão duas vagas na Casa Alta do Congresso. A tendência, então, é que o presidente Lula apoie, em Goiás, Kajuru e um nome do Partido dos Trabalhadores (PT). 

Em 2018, Kajuru foi eleito 1,5 milhão de eleitores, 28,23% dos votos válidos. O senador Vanderlan Cardoso (PSD) preencheu a outra cadeira com 1,7 milhão de confirmações nas urnas (31,35%). No último pleito (2022), onde só havia uma vaga, o escolhido foi Wilder Morais, com 799 mil votos (25,25%).

Visita de Lula a Goiás

Kajuru, além de senador filiado ao partido do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), é vice-líder do governo no Senado. Ao Jornal O Hoje ele revelou que se encontra com o presidente petista na sexta-feira (26), ocasião em que Lula deve, inclusive, gravar a confirmação sobre a vinda em Goiás, que ainda não aconteceu neste terceiro mandato. 

“Ele vai gravar um áudio e vai me dizer qual é a primeira cidade [que virá]. A tendência é Rio Verde, mas está entre ela e Aparecida de Goiânia. Aparecida tem o campus e Rio Verde o hospital universitário, que vai ser o maior do Estado de Goiás.” 

Em relação à data, esta ainda não está definida. A expectativa é que seja “em breve”, segundo Kajuru. O mais provável, contudo, é que ocorra em algum momento do primeiro semestre. Ainda em dezembro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que Lula estaria presente em todos os Estados do País nestes seis primeiros meses de 2024. 

A título de curiosidade, o presidente Lula da Silva não visitou oito Estados em 2023, entre eles Goiás. Importante para a vitória do petista em 2022, Minas Gerais também ficou de fora da agenda presidencial do ano passado. Além destes, o chefe do Executivo não foi a Rondônia, Acre, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Tocantins e Alagoas. Em contrapartida, ele esteve 12 vezes em São Paulo e nove na Bahia.

Relator

Mas ainda sobre o congressista goiano, ele informou ao Jornal O Hoje que pode assumir a relatoria da regulamentação da reforma tributária. A matéria, aprovada no ano passado, precisa de leis complementares para efetivar a transição. Kajuru garante, também, que o agronegócio estaria de acordo com a indicação do nome dele. 

Em relação às leis complementares, é possível destacar algumas. Por exemplo, é por uma delas que será definido quais produtos comporão a Cesta Básica Nacional de Alimentos e ficarão isentos da cobrança de impostos. 

Da mesma forma, é por lei complementar que haverá a regulamentação dos setores econômicos e de serviços que devem ser isentos ou ter alíquotas reduzidas dos novos impostos. Tributos foram unificados na reforma.

O texto da reforma tributária, entre outras coisas, prevê a junção de três tributos federais (IPI, PIS e Cofins) por uma Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), gerida pela União; e de dois tributos (ICMS e ISS) para formar Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), gerido por estados e municípios.