Os fatores que pesam a definição de Vanderlan sobre candidatura em Goiânia
Interlocutores apostam no crescimento do nome de Accorsi. Apesar dos rumores que apontam para uma composição entre as lideranças, senador estaria inclinado a manter seu nome na disputa
Nos bastidores da política goianiense, comenta-se que o senador Vanderlan Cardoso (PSD) vive o melhor momento de sua trajetória política. Paralelamente, especula-se que o político enfrenta um grande impasse: a decisão de lançar ou não sua candidatura à prefeitura de Goiânia daqui a 8 meses.
O senador se encontra diante de duas possibilidades: dedicar esforços à sua candidatura à prefeitura de Goiânia este ano ou recuar desse sonho para fortalecer sua base e se lançar de forma competitiva em 2026 na corrida pelo governo goiano.
É consenso que atualmente o senador não conta com um grupo político influente. No entanto, Vanderlan leva vantagem em quase todas as pesquisas de intenção de voto em que é mencionado, figurando consistentemente entre os três favoritos — frequentemente ocupando a primeira posição.
Segundo informações de bastidores, apesar de pontuar bem, o senador precisaria de um grupo político comprometido em alavancar seu desempenho. Uma fonte do jornal O HOJE revelou que o núcleo duro do grupo do senador espera um crescimento significativo do nome da petista Adriana Accorsi nos próximos meses. A mesma fonte afirmou que a equipe de Vanderlan está convencida de que a candidata do presidente Lula (PT) estará no segundo turno das eleições.
Nesse contexto, surgiu o comentário de que Vanderlan poderia abrir mão de sua candidatura por uma negociação com o PT. Em outras palavras, especula-se que Vanderlan poderia negociar a indicação de um vice para Adriana e uma ampla participação do PSD no governo caso a petista seja eleita. Em contrapartida, o senador contaria com o apoio do Partido dos Trabalhadores na disputa pelo governo de Goiás em 2026.
Não seria uma decisão fácil. No entanto, apesar dos rumores que apontam para uma possível aliança entre as lideranças, já circulam informações de que o senador, depois de muito refletir, estaria inclinado a manter seu nome na disputa.
Um interlocutor disse ao jornal O HOJE que pesa sobre os ombros de Vanderlan o fato de ser o político mais bem avaliado entre os cotados. Vanderlan, além de ter conquistado lugar no inconsciente do eleitor, chegou ao segundo turno das eleições municipais por duas vezes e esteve muito próximo de se tornar prefeito.
A recente lembrança do eleitor em relação a Vanderlan lhe confere uma vantagem considerável diante de seus adversários. Além disso, qualquer oponente de agora não representa a mesma “ameaça” quando comparado aos nomes dos ex-governadores Iris Rezende e Maguito Vilela, com os quais Vanderlan disputou o segundo turno das duas últimas eleições pela prefeitura da capital. E vale frisar: mesmo assim, quase alcançou a vitória.
A leitura é que o cenário marcado por indefinições também joga a seu favor. Até o momento, comenta-se que Adriana Accorsi é o único nome absolutamente certo na disputa. Além disso, a desistência do presidente da Assembleia Legislativa, Bruno Peixoto (UB), também influi. Na semana passada, Peixoto anunciou que não irá concorrer para focar na construção de sua candidatura ao cargo de deputado federal, em 2026. Peixoto é o nome mais competitivo da base caiadista e sua saída de cena cria um vácuo na base governista. Isso, segundo as mesmas fontes, beneficia diretamente os nomes de Vanderlan e Adriana.