Após encontro com Haddad, Padilha destaca ‘contaminação’ do governo anterior e defende investigações da PF
Ministro de Relações Institucionais fez declarações polêmicas e alegou a existência de ‘organização criminosa’ no governo anterior | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Após reunião com o ministro da Fazenda Fernando Haddad, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou à imprensa, nesta segunda-feira (29), que houve uma “contaminação” de instituições durante o governo anterior. “Existia uma organização criminosa a partir do Palácio do Planalto do governo anterior, que envolveu várias instituições. O clima de ódio envolveu, contaminou várias instituições, civis e militares. E a apuração sobre o envolvimento individual, em todas as instituições, têm que continuar. Cada vez que a PF faz uma operação como essa se revela mais crimes cometidos”, destacou ele.
A afirmação veio depois dos desdobramentos das investigações contra a ‘Abin Paralela’ que, nesta segunda-feira (29/1), teve, entre seus alvos, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos). O parlamentar seria suspeito de receber informações de núcleo da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que teria realizado, entre 2019 e 2021, monitoramentos ilegais de adversários políticos — entre eles, jornalistas e, até mesmo, ministros do STF.
Investigações do 8 de janeiro
Ainda, para Padilha, o processo de apuração não se restringe à Abin. “Envolve todos os órgãos, sejam civis ou militares. Desde o ano passado isso já vem sendo desenvolvido de forma autônoma pela Política Federal (PF), a partir das determinações do judiciário. E nós não descansaremos enquanto todos aqueles envolvidos com os crimes que antecederam ao dia 8 de janeiro e o próprio crime do dia 8 de janeiro sejam devidamente apurados e punidos”, esclareceu.