Bolsonaro teria imprimido minuta em razão de problemas na visão, alega defesa
‘jamais participou ou mesmo conheceu tais minutas golpistas’, afirmaram os advogados do ex-presidente | Foto: Alan Santos/PR
Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (9), a defesa de Jair Bolsonaro alegou que o ex-presidente teria solicitado a impressão da minuta — a qual, supostamente, continha plano para um golpe de Estado — devido a problemas de visão.
“Certamente em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna [atual] de uso de lentes corretivas, razão porque pediu à sua assessoria a impressão do documento em papel”, dizia o texto.
Na quinta-feira (8), o mesmo argumento foi utilizado pela defesa em nota à imprensa. Ainda, foi afirmado que não houve descarte dos documentos porque Bolsonaro não esperava ser alvo de busca e apreensão. Além disso, ele não teria participado da produção das minutas. “Delas [as minutas] tendo tomado conhecimento da existência só e somente por conta da apreensão do telefone de Mauro Cid e a partir do acesso que lhe foi legalmente oportunizado por seu advogado”, argumentam.
Entretanto, as investigações da Polícia Federal (PF) apontam que o ex-presidente teria não somente recebido a minuta, como, também, feito alterações. Após as mudanças, uma reunião com representantes das Forças Armadas teria ocorrido. O encontro teria acontecido em 2022, depois das eleições, na sede da campanha do Partido Liberal (PL).