A recente reunião da Executiva Nacional do União Brasil não apenas determinou o afastamento do presidente da legenda, deputado Luciano Bivar (PE), mas também representou um pré-lançamento informal da candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, às eleições presidenciais de 2026.  

As pretensões da sigla quanto à carreira política de Caiado ficaram óbvias: entre figuras como senadores, prefeitos e deputados, era possível ouvir, de maneira uníssona, pessoas bradando “Caiado presidente”. O governador de Goiás teria a capacidade, então, de transitar em uma difícil conjuntura — aquela em que existiriam, “apenas”, Bolsonaro e PT — e emergir como um diferente suspiro na política do País.  

Além disso, o PP, partido de Arthur Lira (AL), que preside a Câmara, está em negociações para formar uma federação partidária com o União Brasil. Ainda, o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP, confirmou à imprensa a existência de acordos que envolvem, também, o Republicanos.  

Centrão Unificado  

Unidos, esses três partidos se tornarão um centrão unificado de relevante magnitude, tanto no Congresso quanto nas campanhas eleitorais.  

Quanto a Ronaldo Caiado, seu nome será oficializado após as eleições municipais deste ano. Somente assim, o União, PP e Republicanos poderão avaliar sua força e possivelmente selar seu afastamento do governo do PT. Caiado surge como candidato potencial devido a diversos fatores, incluindo a sua reeleição como governador, sua alta avaliação entre os partidos de direita, a preferência do possível candidato do Republicanos, Tarcísio de Freitas, em disputar a reeleição como governador de São Paulo e, claro, a inelegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro.