Com as pré-candidaturas praticamente definidas – aguardando apenas a confirmação nas convenções –, os postulantes ao Paço de Goiânia precisam definir os vices nas chapas. Oficialmente, os pré-candidatos preferem não citar nomes, pois as negociações ainda acontecem, mas nos bastidores alguns já são ventilados.

Federado com o PCdoB e o PV, o Partido dos Trabalhadores (PT), da pré-candidata e deputada federal Adriana Accorsi, deve fechar com o PSB. Citado algumas vezes, o nome mais cotado é do ex-deputado estadual Vinícius Cirqueira. “Apoio do PSB é praticamente certo”, afirma o ex-parlamentar sem cravar se será ele o escolhido. Contudo, as definições só no fim deste mês, reforça.

Pelo DC, o Delegado Humberto Teófilo, também ex-deputado estadual, disse que busca como vice um empresário com perfil conservador. “Já começamos a discutir e devemos definir até a semana que vem. Queremos um empresário da Região da 44, uma região que movimenta muito, que gera muito emprego.” A chapa deve ser pura.

Presidente do PSD e pré-candidato à prefeitura de Goiânia pela terceira vez – assim como Accorsi –, Vanderlan Cardoso ainda trabalha para ampliar a composição da chapa. Ele, contudo, já normalizou a possibilidade de uma disputa “puro-sangue”. São possíveis vices a presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Sucena Hummel, e o policial rodoviário federal Newton Morais, ambos filiados ao partido. A definição, contudo, somente perto das convenções, conforme a comunicação do político.

O Jornal O Hoje também procurou a assessoria do prefeito Rogério Cruz (Solidariedade) para saber sobre possíveis composições. A comunicação disse que o assunto ainda não é discutido, apesar da proximidade das convenções. O gestor, contudo, teria siglas como PP, PDT, Republicanos, PMB, PRTB e outros como aliados.

Da mesma forma, o nome da base do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), o empresário Sandro Mabel (União Brasil), teria opções de legendas para escolher o vice. O presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (União Brasil), lidera um grupo que inclui Avante, PRD e Agir. Ele tem interesse na vice e teria indicado o ex-deputado estadual Thiago Albernaz (União Brasil) para compor a chapa.

O MDB do vice-governador Daniel Vilela é outra legenda que caminha com Sandro. Presidente da legenda em Goiânia, Agenor Mariano tem interesse em indicar um nome na chapa. De acordo com ele, o partido tem força para isso e deve eleger a maior bancada na Câmara Municipal – atualmente, são 11 vereadores.

Ainda são pré-candidatos: Matheus Ribeiro (PSDB), Fred Rodrigues (PL), Leonardo Rizzo (Novo) e Reinaldo Pantaleão (UP). Em todos os casos, as chapas devem ser puras. Os nomes, contudo, ainda não foram definidos.

No caso do PL, Fred Rodrigues era vice na chapa encabeçada pelo deputado federal Gustavo Gayer, que recuou. O partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, todavia, deve manter a linha do conservadorismo na composição.

Convenções e registros

As convenções partidárias ocorrem de 20 de julho a 5 de agosto. No período, partidos e federações poderão deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos aos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereador. Após a definição das candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral. A informação é do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-GO).

Neste ano, o primeiro turno das eleições ocorre em 6 de outubro. A segunda etapa será em 27 de outubro. Estas ocorrem em municípios com mais de 200 mil eleitores. Em Goiás, as cidades são Goiânia, Aparecida e Anápolis.