“Já gastei uma botina”, diz Lissauer sobre início de campanha em Rio Verde
Lissauer tem apostado em percorrer cidade para fortalecimento de projeto
Yago Sales
Quando anunciou que retornaria à política como candidato a prefeito de Rio Verde, o ex-deputado e ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) Lissauer Vieira (Partido Liberal) pensava que teria algum apoio de Ronaldo Caiado (União Brasil) ou do prefeito da cidade, Paulo do Vale (União Brasil). Não deu.
Lissauer teve de, como se fosse um político menor – e não a figura imponente que fora enquanto deputado e auxiliar de primeira hora de Caiado no Legislativo -, praticamente recomeçar. E a força dele é, por enquanto, aferida por pesquisas que o mostram em primeiro lugar no ranking de prioridade do eleitorado rioverdense.
Durante conversa com a reportagem do jornal O Hoje por telefone na tarde desta segunda-feira (19), o ex-deputado Lissauer Vieira brincou: “Já gastei uma botina, estou no segundo par”. Vieira relata a rotina de andanças pela cidade, de comércio em comércio e aquelas atividades eleitorais, como adesivaço e caminhadas.
Não quis, no entanto, também à reportagem, fazer comentários sobre os opositores. E também preferiu não dar destaque ao fato de liderar algumas das pesquisas feitas na cidade.
“Estamos preocupados com o nosso foco, que é a nossa campanha”, afirma Lissauer. “Estamos acompanhando a concorrência, claro, e respeitamos”. O candidato considera que é necessário ter respeito durante o processo eleitoral em qualquer lugar. “A campanha tem que ser propositiva. Nós precisamos oferecer o melhor. Conquistar a confiança do eleitor por qualidade administrativa. A nossa campanha vai mostrar tudo isso”.
Em segundo lugar, contudo, aparecem, em flutuações, Wellington Carrijo (MDB) e Osvaldo Fonseca (Republicanos) que, inclusive, poderia desistir e seguir com Lissauer Vieira.
Além de Carrijo, Fonseca e Vieira, concorrem à prefeitura de Senador Canedo, em outubro, Daniel Cunha da Câmara, do Partido Novo; Karlos Cabral, do PSB – sigla do senador Jorge Kajuru e do ex-deputado federal Elias Vaz.
Em julho, Lissauer concedeu entrevista ao jornal O Hoje, onde defendeu que a boa política é feita com base no diálogo e em resultados. “O que queremos é que a população seja beneficiada. O poder de relacionamento conta muito na hora de trazer esses benefícios para Rio Verde. A cidade é sinônimo de pujança. Rio Verde é a menina dos olhos pela sua relação com o agronegócio. Por onde passamos, percebemos essa referência por conta de sua força econômica. O que precisamos, agora, é aumentar a nossa representatividade política por meio de pessoas com potencial para abrir portas e buscar o que é há de melhor para o município”, pontuou.
Depois de ressaltar os indicadores de arrecadação do município, Lissauer se comprometeu a, se eleito for, montar uma equipe técnica para condução do governo. “Teremos pessoas especializadas em gestão. Teremos os melhores nomes nas cabeças de cada área. Não aceitaremos indicações políticas para o primeiro escalão da nossa cidade. Precisamos de pessoas que possam verdadeiramente somar, apresentar melhorias para a gestão pública”.
Fator Bolsonaro
Durante o bate-papo à ocasião, Lissauer falou também sobre a passagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo município no final do mês passado. Ao comentar as movimentações do líder político, disparou: “o impacto foi grande”. (Especial para O Hoje)