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terça-feira, 15 de outubro de 2024
Saúde

Ambulatório Municipal de Processo Transexualizador completa três meses com 54 pacientes

Espaço inédito que funciona no prédio da UPA Novo Mundo, das 7h às 19h, de segunda-feira à sexta-feira

Postado em 8 de setembro de 2024 por Eduarda Leão

O Ambulatório Municipal de Processo Transexualizador, o Transviver, criado pela Prefeitura de Goiânia, completa três meses de funcionamento com 54 pacientes sendo acompanhados. O espaço, inédito, funciona no prédio da UPA Novo Mundo, das 7h às 19h, de segunda-feira à sexta-feira. “É um serviço novo e pioneiro, no local é oferecido atendimento com médico endocrinologista, psicólogo, enfermeiro e assistente sociais”, explica a superintendente de Gestão de Redes e Atenção à Saúde, Cynara Mathias.

O primeiro critério para que uma pessoa passe pelo atendimento e dê sequência ao processo transexualizador é ser maior de idade. No ambulatório, ela recebe atendimento individualizado, e completo, feito pela equipe multidisciplinar. “Com a implementação do serviço, o município de Goiânia promove mais um serviço de políticas públicas e estabelece cuidados em saúde à população LGBTQIA + com base nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)”, diz a superintendente.

No Transviver, os pacientes também têm acesso aos hormônios que são fundamentais no processo de transformações corporais. “A hormonização que também conhecida por terapia hormonal ou hormonioterapia, é uma intervenção de saúde utilizada por muitas pessoas transexuais e travestis como uma estratégia para se expressarem e serem reconhecidas pela sociedade dentro dos limites do gênero com o qual se identificam ou com o qual preferem ser identificadas”, diz Cynara.

A gerente de Atenção Especializada da SMS, Dayana Pereira, explica como funciona o acesso para os atendimentos. “As pessoas interessadas devem procurar uma unidade de saúde da Atenção Primária, que é a porta de entrada para o SUS. Após esse primeiro atendimento, haverá o encaminhamento, via regulação, para o ambulatório. Uma vez, dentro do Transviver, o paciente terá acompanhamento mensal ou quinzenal, dependendo da evolução”, informa.

A Dayana ainda ressalta que na grande maioria dos casos, as pessoas procuram as unidades de saúde informando que já fazem o uso de hormônios “A dificuldade de acessar os cuidados em serviços de saúde leva à automedicação, na maioria das vezes com hormônios de tipos, doses ou formas de aplicação inadequadas, o que habitualmente acarreta muitos efeitos adversos e problemas de saúde”.

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Para a médica generalista, Ana Luisa Adorno de Lima, que atende no ambulatório, o espaço tem sido um instrumento importante na melhoria do acesso à saúde de pessoas que sempre enfrentaram desafios para conseguir atendimento específico. “Antes elas precisavam aguardar na fila para conseguir o atendimento, agora isso mudou”, diz.

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