Após 8 anos, Lissauer busca comando em Rio Verde com ‘unhas e dentes’
Ex-presidente da Assembleia disputou o cargo em 2016 e retorna com novo fôlego neste ano
Candidato à prefeitura de Rio Verde, Lissauer Vieira (PL) adiou o sonho de sentar na cadeira do Executivo Municipal em oito anos. Isso, porque ele já esteve no páreo, em 2016, quando terminou na terceira colocação. A situação, contudo, mudou.
À época, Lissauer era deputado estadual em primeiro mandato. Dois anos antes, em 2014, ele conseguiu ascender à Assembleia Legislativa de Goiás com 29,6 mil votos pelo PSD. Apesar de atuante, não tinha conquistado o espaço que teria anos depois.
Quando disputou a cadeira de prefeito de Rio Verde, em 2016, ele conseguiu 19,9 mil votos, 20,52% do eleitorado. Ficou atrás de Heuler Cruvinel, que teve 26,9 mil eleitores (27,76%) e do prefeito Paulo do Vale (à época no MDB e hoje no União Brasil), que terminou com 47,9 mil confirmações nas urnas (49,33%).
Em 2020, ele preferiu não concorrer ao cargo. Naquele momento, Paulo do Vale ampliou sua margem e fez 51,07% dos votos válidos. Naquele momento, 45,5 mil eleitores.
Dois anos antes, Lissauer tinha sido reeleito deputado estadual com 37.550, cerca de 8 mil a mais que em 2014. Além disso, no começo da legislatura, em 2019, foi eleito presidente da Alego em uma articulação dos parlamentares pela independência da Casa.
À época, o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) endossou a candidatura de Álvaro Guimarães. O deputado, quando percebeu a derrota iminente, renunciou e votou em Lissauer. O então presidente declarou, em entrevista ao Opção, que a Casa dava sinais de independência e que seria respeitada pelos demais poderes.
“Independência é respeito. Independência, para mim, chama-se respeito entre os poderes. Quando você fala que, na prática, muitos falaram em independência, mas o Executivo sempre se impôs sobre a Assembleia Legislativa, lhe digo que desta vez pode ter certeza de que será diferente. Será diferente, porque a Assembleia já deu amostra da independência no resultado das eleições da mesa diretora. O candidato do governo era outro, e os deputados seguiram firmes e conseguiram fazer uma eleição histórica no Estado de Goiás”, disse na ocasião.
Em outubro daquele mesmo ano ele já tinha garantido a reeleição. Nos outros cargos da mesa diretora, houve uma série de mudanças. Naquele momento, ele já estava mais alinhado com o governador Ronaldo Caiado.
Alinhamento que o fez se colocar como pré-candidato ao Senado pelo PSD, em 2022. Ele esperava ter o endosso de Caiado, mas o governador permitiu múltiplas candidaturas pela base, que incluíam o titular da Agehab, Alexandre Baldy (PP), e o presidente do Detran, Delegado Waldir (União Brasil).
Lissauer, que era visto como nome certo na Câmara Federal, queria o Senado e não gostou da “concorrência”. Optou por desistir de disputar em 2022 para “fortalecer a base aliada”. Foi substituído por Vilmar Rocha (PSD), então presidente do partido.
Inicialmente fora dos holofotes, aos poucos, o nome dele foi sendo ventilado para a prefeitura de Rio Verde. Migrou para o PL, assumiu o manto bolsonarista e se tornou pré-candidato do ex-presidente Bolsonaro (PL) no município.
Montou uma coligação com PL, DC, Podemos, PSD, PRTB e Solidariedade para fazer frente ao nome de Paulo do Vale, Wellington Carrijo (MDB, com PP, PDT, PRD, União Brasil e Avante). Ainda nesse segundo round na corrida pela prefeitura de Rio Verde, terá pela frente Dr. Osvaldo Fonseca (Republicanos, com Agir, Cidadania e PSDB), Karlos Cabral (PSB, com PT, PCdoB, PV, PSOL e Rede) e Daniel Cunha da Câmara (Novo).