O governo federal está planejando estudar a possível volta do horário de verão. Os trâmites para essa potencial volta ainda estão em discussão entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Ministério de Minas e Energia.

Nesta terça-feira (17), ocorrerá uma reunião do Conselho Nacional de Política Energética, que contará com a participação de representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Com o objetivo de discutir o assunto.

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em entrevista à Rádio Itatiaia, a volta do horário de verão pode ser considerada uma possibilidade real, com o potencial de evitar um aumento nas contas de energia elétrica dos brasileiros. Levando em conta o atual cenário climático do país.

Essa provável retorno se deve ao fato de o Brasil estar enfrentando uma das piores secas registradas, além de quase todos os estados estarem experimentando temperaturas elevadas neste período do ano.

Causa

A seca afeta o nível de água dos reservatórios e, com o calor intenso, aumenta o uso de ar condicionado e umidificadores, o que eleva o consumo de energia elétrica.

Prós e Contras do Horário de Verão

Contras:

• Se o objetivo é reduzir o consumo de energia elétrica, o horário de verão pode não ser uma solução totalmente eficaz. Isso porque, atualmente, os brasileiros utilizam eletrodomésticos como ar condicionado e ventiladores durante o dia inteiro, e não apenas no final da tarde.
• Além disso, o horário de verão pode impactar negativamente o ritmo biológico das pessoas, já que anoitece mais tarde e o sol demora mais para nascer, afetando o período de descanso dos trabalhadores.

Prós:

• Mas também  horário de verão pode ajudar a reduzir a demanda por energia elétrica em momentos críticos do dia. Como em sistemas de energia solar e eólica. No final da tarde, com o pôr do sol e a diminuição da velocidade dos ventos, essas usinas geram menos energia.

Relembrando

Vale lembrar que o horário de verão teve seu  encerramento em abril de 2019 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Com a justificativa de que não havia uma redução significativa no consumo de energia elétrica e que a mudança afetava as rotinas e o ritmo biológico dos brasileiros.